22 de março de 2013

Crescer pelo Espírito Santo

A conversão cristã é apenas o início de uma vida nova. Deus tem um plano perfeito para cada um dos que chama, aqui na Terra. "Nascer de novo" é como sair de dentro de um ovo. Muito antes do nascimento, ainda antes de ser concebido, já Deus tinha um propósito especial, um papel para cada ser humano desempenhar (o livre arbítrio é a liberdade de o exercer ou não) aqui na Terra e para a Eternidade. No entanto, nunca encontraremos nem cumpriremos esse propósito se não crescermos na vida cristã.
Não basta simplesmente sair do ovo, temos que voar.
O crescimento cristão, ser moldado à imagem (isto é, ao carácter) De Jesus, exige cooperação com Deus através do Seu Espírito Santo, fazendo com que o progresso realmente aconteça.
“... faço um coisa: esqueço-me do que ficou para trás e esforço-me por atingir o que está diante de mim. Deste modo, caminho em direcção a meta para obter o prémio que Deus nos prometeu dar no céu por meio de Cristo Jesus." (Filipenses 3: 13,14).
O Apostolo Paulo advertia constantemente os seus amigos sobre o perigo de não crescerem. Na verdade, ele chegou ao ponto de temer "um naufrágio espiritual" se parassem de crescer. "Não sabem que, no estádio, todos os corredores tomam parte na corrida, mas só um é que recebe o prémio? Corram, portanto, de maneira a poderem recebê-lo. E desta maneira que eu corro e não como quem corre sem saber para onde. É assim que eu luto e não como quem dá socos a toa. Mas eu luto contra o meu corpo, para o dominar, a fim de não acontecer que, andando a pregar aos outros, seja rejeitado por Deus." (I Coríntios 9:24,26,27).
Paulo levava a sua vida cristã mesmo a sério. Ele sabia que se não crescesse como cristão, se não progredisse, poderia facilmente voltar ao seu antigo estilo de vida. Se esta preocupação era tão séria para um homem como o apóstolo Paulo, parece que pessoas como nós deveriam levá-la igualmente a sério.
As pessoas mais tristes deste mundo são os cristãos que não querem evoluir para a completa maturidade, que nunca saem da "creche" espiritual, que nunca trocam as fraldas e as botinhas pelo equipamento do alpinista, a fim de alcançarem as alturas com a ajuda do Espírito Santo.
CRESCER:
1- Comunicar diariamente com Deus por meio da oração (João 15:7).
2- Revigorar-se pela leitura da Palavra de Deus, diariamente (Actos 17:11).
3- Esforçar-se por obedecer a Deus em cada situação (João 14:21).
4- Ser uma pessoa que dá testemunho de pertencer a Cristo, nos seus actos e nas suas palavras (Mateus 4: 19).
5- Consagrar a Deus tempo, os talentos e bens (I Pedro 5:7).
6- Esperar em Deus e deixar que o Espírito Santo exerça controlo e dê força para viver a vida, diariamente (Gálatas 5:16,17; Actos 13).
7- Reunir-se regularmente com outros cristãos (Hebreus 10:25).

1-      Comunicar com Deus Diariamente por meio da Oração.
Orar é falar com Deus – e escutar enquanto Deus fala. É a expressão mais básica da nossa fé. É a "respiração" da nossa vida espiritual. É a nossa linha vital de comunicação com Deus. A oração não tem que ser formal, pode ter a simplicidade da conversa de um filho com o seu Pai.
A oração pode ser:
- Um clamor por ajuda numa hora de necessidade.
- Uma exclamação de alegria ao receber um presente.
- Um pedido a favor de outra pessoa.
- Um momento silencioso de adoração.
- Um tempo de ouvir o que Deus diz.
- Uma hora serena de receber o amor de Deus.
Como é que Deus Responde às nossas orações?
A vontade de Deus de atender os nossos pedidos é ainda maior que o desejo do mais amoroso dos pais terrenos tem de dar o melhor aos seus filhos. Como todo o bom Pai, Ele sabe dar bons presentes – e na altura certa.
Isto significa que Deus, por vezes, diz "não" aos nossos pedidos. No entanto nunca diz "não" sem ter uma resposta melhor á nossa espera na próxima curva do caminho.
É importante lembrar o seguinte: quando Deus diz "não" aos nossos pedidos, não é porque Ele não seja capaz de os atender ou por não se importar connosco. Deus é dono de tudo – riquezas, conhecimento, sabedoria, poder, saúde, alegria e amor. Além disso, importa-se connosco, ama-nos mais do que qualquer pai aqui na terra nos poderia amar. Seja qual for a resposta dada, é porque é o melhor para nós. Podemos até anotar os pedidos de oração, quando e como Deus respondeu a elas. A oração não tem que ser prolongada ou repetitiva para ser eficaz, Deus vê sempre o nosso coração. A oração deve ser feita em nome de Jesus, isto é, deve basear-se num relacionamento pessoal que se tem com Jesus. Registar as respostas de Deus é um estímulo para nós e contribui para aumentar a nossa fé. Podemos medir os nossos progressos nesse campo.
 
2 – Revigorar-se diariamente pela leitura da Palavra de Deus.
Se a oração é a sua linha vital de comunicação com Deus, então a Bíblia é o cesto do pão. Tal como na nossa vida física é importante desenvolver bons hábitos alimentares – fazer refeições regulares utilizando alimentos nutritivos também é vital que nos alimentemos diariamente à mesa de Deus, a Bíblia.
A leitura da Bíblia, tal como a oração, deve transformar-se num hábito. Um bom hábito.
 
A Bíblia é essencial para a nossa vida:  
- A Bíblia, pelo poder de Deus, gera fé nos nossos corações.
- Uma das maneiras pela quais podemos atingir todo o nosso potencial de crescimento é pela leitura diária da Bíblia. Se não nos alimentamos, o nosso corpo não cresce nem se desenvolve. Da mesma forma, se não lemos a Bíblia, nunca sairemos da infância espiritual.
- A Bíblia é o nosso padrão para a tomada de decisões e formação de opiniões em todas as áreas da nossa vida.
Alguém disse que a definição de um cristão é "uma pessoa cuja vida foi totalmente dominada e controlada pelo Senhor Jesus Cristo". Como é que podemos ficar a saber o que Cristo pretende de nós? Lendo a Sua Palavra. Nas páginas da Bíblia encontramos expressa a vontade de Deus para a nossa vida.
Uma leitura diária da Palavra dar-nos-á acesso à sabedoria e ao conhecimento de Deus, livrando-nos de decisões erradas, e fornecer-nos-á a dose diária de força para viver.
"Toda a Sagrada Escritura é inspirada por Deus e serve para ensinar, convencer, corrigir e educar, segundo a vontade de Deus, a fim de que quem serve a Deus seja perfeito e esteja pronto para fazer o bem." (II Timóteo 3:16,17).
"Santifica-os na verdade. A tua palavra é a verdade.'' (João17:17).
3 – Esforçar-se por obedecer a Deus em cada situação.
Como é que podemos saber se realmente amamos a Jesus – se o nosso amor não é apenas uma farsa ou um amor artificial? Deus deu um padrão para medir o nosso amor:
“Aquele que conhece a minha doutrina e a segue, esse é que me tem verdadeiro amor. E aquele que me ama é também amado por meu Pai; eu amá-lo-ei também e dar-me-ei a conhecer inteiramente?” (João 14:21).
Como saber se amamos Jesus? Se obedecermos aos Seus mandamentos.
“E o amor consiste nisto: em vivermos segundo os mandamentos de Deus..." (II João 6).
Quem amar Deus, diz a Bíblia, também amará as outras pessoas. "O mandamento que Jesus nos deixou é este: “aquele que ama a Deus deve também amar o seu irmão” (I João 4:21). Isto é bem claro e simples.
“E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.” 1ª João 2:3-4.
 
O Espírito Santo ajuda-nos a obedecer a Deus e aos seus mandamentos. É aquela voz mansa e íntima que fala muitas vezes em tom de correcção.
Às vezes chamam a esta voz "consciência", mas para o cristão, é a voz do Espírito Santo. Deus não abençoa a desobediência. Pode até proteger-nos quando somos desobedientes, mas as Suas bênçãos estão reservadas para os que Lhe obedecem.
Viver uma vida de obediência a Deus – a cada instante – assegura o nosso crescimento como cristãos. Da mesma forma, temos o mandamento de amar os nossos irmãos. Paulo descreveu a família cristã como um "corpo” que tem muitos membros: mãos, pés, joelhos, cotovelos, ouvidos e um sem número de partes não visíveis como o fígado, a vesícula e o coração. Todos são importantes, embora tenham funções diferentes a desempenhar. O bom funcionamento de uma parte está dependente das outras.
Quando nos amamos uns aos outros, vivemos realmente como um corpo. A este corpo chama-se Igreja. Não se trata do edifício, nem mesmo de uma organização. Trata-se de um grupo de pessoas – todas diferentes – que amam o Senhor e se amam umas as outras. Temos que nos filiar numa parte dessa família de Deus.
"Se vocês me têm amor, cumpram a minha doutrina." (João 14: 15).
4 – Dar testemunho de pertencer a Cristo por atos e nas palavras.
Ser testemunha de Cristo é, simplesmente, ser na prática o que já somos na teoria. Não significa que vamos ter que aprender a pregar, não significa necessariamente bater de porta em porta falando de Jesus a pessoas desconhecidas. Significa, simplesmente, viver para Jesus Cristo em cada dia, de maneira que não sejam só as suas palavras a falar de Jesus, mas que a sua própria vida seja um reflexo da vida de Cristo.
Como é que a nossa vida pode ser um testemunho? Fazendo exactamente aquilo que já foi abordado: obedecendo à Palavra de Deus, sendo conduzidos e controlados pelo
Espírito Santo, demonstrando as evidências do Espírito através das nossas acções e conduta.
Isto não significa que nos tenhamos que nos transformar num fundamentalista, vestir roupas esquisitas e deixar de nos divertir. Também não significa andar sempre com a Bíblia debaixo do braço. Significa simplesmente sermos um bom testemunho de Jesus através das nossas atitudes, acções, palavras, etc. Deus dará as palavras certas – e também trará as pessoas certas a quem falar. Tudo o que temos a fazer é estarmos á disposição de Deus.
"Vocês são a luz do mundo", disse Jesus aos Seus seguidores. "Uma cidade situada no alto de um monte não se pode esconder. Também não se acende um candeeiro para o pôr debaixo duma caixa. Pelo contrário, põe-se mas é num lugar em que alumie bem a todos os que estiverem em casa. Do mesmo modo, façam brilhar a vossa luz diante de toda a gente para que vejam as boas acções que vocês praticam e dêem louvores a vosso Pai que está nos céus." (Mateus 5: 14-16).
5 – Consagrar a Deus o nosso tempo, talentos e bens.
Quando passamos a pertencer á Sua família, Deus assume a responsabilidade pela nossa vida e pelos nossos problemas. David, o rei-poeta de Israel, exprimiu essa verdade melhor que ninguém: "O Senhor é meu pastor; nada me falta." (Salmo 23:1).
Deus é um Ser de recursos ilimitados. Quando confiamos Nele, dependemos Dele e avançamos para além do nosso próprio entendimento, para além da nossa compreensão, para uma dimensão da fé com a qual podemos estar descansados em relação á nossa vida. Sabemos que há um Deus grande, amoroso e todo-poderoso que cuida de nós. O que haverá, então, a recear?
Quando chegamos ao ponto em que tudo o que temos pertence a Deus, então tudo o que pertence a Deus nos pertence a nós também.
Há pessoas que querem saber, antecipadamente, qual a vontade de Deus para poderem decidir se vão ou não cumpri-la. Deus, porém, só revela a Sua vontade aqueles que estão decididos a segui-la "venha o que vier".
O homem quer sempre a resposta para todos os seus "E se...?". Mas Deus diz: "Confia em mim." Isto significa que Deus guarda sempre o que tem de melhor para os que deixam que seja Ele a fazer a escolha. "Põe a tua vida nas mãos do Senhor, confia nele e ele te ajudará.” (Salmos 37:5).
O Salvador declara: "Todos vós sois irmãos." Todos estão expostos à tentação e sujeitos ao erro. Em nenhum ser finito podemos confiar quanto à direção. A Rocha da fé é a presença viva de Cristo na igreja. Nela pode confiar o mais débil, e os que mais fortes se julgam se demonstrarão os mais fracos, a não ser que façam de Cristo Sua eficiência. "Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço." Jer. 17:5. O Senhor "é a Rocha, cuja obra é perfeita". Deut. 32:4. "Bem-aventurados todos aqueles que n´Ele confiam." Sal. 2:12.
CONTINUA