29 de janeiro de 2013

Desde Quando Existe a Lei de Deus?

 


Mandamentos Eternos—> Assembléia de Deus
Quem responde muito bem a esta pergunta, também, é o Pr. Orlando Spencer Boyer, teólogo, professor, pastor, comentarista, escritor, e autor de muitos livros. Ele diz:
    “Não se deve pensar que não existia nada destes mandamentos antes de Moisés. Foram escritos nas mentes e nas consciências dos homens desde o princípio.” — Em “Pequena Enciclopédia Bíblica”, p. 198. Grifos acrescentados.

—> Igreja Presbiteriana

Na confissão de fé presbiteriana, nós encontramos a seguinte declaração:
    “I. Deus deu a Adão uma lei como um pacto de obras. Por este pacto Deus o obrigou, bem como toda sua posteridade, a uma obediência pessoal, inteira, exata e perpétua; prometeu-lhe a vida sob a condição dele cumprir com a lei e o ameaçou com a morte no caso dele violá-la; e dotou-o com o poder e capacidade de guardá-la.
    “II. Essa lei, depois da queda do homem, continuou a ser uma perfeita regra de justiça. Como tal, foi por Deus entregue no monte Sinai em dez mandamentos e escrita em duas tábuas; os primeiros quatro mandamentos ensinam os nossos deveres para com Deus e os outros seis os nossos deveres para com o próximo.”
    — Cap. XIX da “Confissão de Fé de Westminster” (1647), cap. XIX. Grifos acrescentados.

—> Igreja Batista

Podemos extrair o seguinte da “Confissão de Fé Batista de Londres” (1689):
    “Depois de haver feito as outras criaturas, Deus criou o homem, macho e fêmea, com almas racionais e imortais… tendo a lei de Deus escrita em seus corações, e o poder de cumpri-la, mas com a possibilidade de transgredi-la, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, que era mutável. Além dessa escrita em seus corações, receberam o preceito de não comerem da árvore da ciência do bem e do mal”. — Art. IV, tomo II. Grifos acrescentados.
Da mesma confissão de fé, lemos:
    “A mesma lei que uma vez foi inscrita no coração humano continuou a ser uma regra perfeita de justiça após a queda.” — Art. XIX, tomo II.
Vejamos o que o Dr. William C. Procter, erudito de maior gabarito, declara sobre essa questão da lei antes do Sinai:
    “Não deveríamos supor que os Dez Mandamentos eram disposições inteiramente novas quando foram proclamados no Sinai, pois a palavra hebraica torah é empregada em tais passagens anteriores do Velho Testamento como Gênesis 26:5; Êxodo 12:49; Gênesis 35:2; 13:9; 16:4, 28; 18:16, 20. [Gênesis 4:26; 14:22; 31:53 são citados para o princípio do terceiro; Gênesis 2:3 e Êxodo 16:22–30 para o quarto; Gênesis 9:6, para o sexto; e Gênesis 2:25 para o sétimo]. O decálogo pode, destarte, ser considerado a plena e solene declaração dos deveres que haviam sido mais ou menos revelados previamente, e essa enunciação pública teve lugar sob circunstâncias absolutamente singulares. É-nos dito que ‘as dez palavras’ foram pronunciadas pela própria voz de Deus (Êxo. 20:1; Deut. 5:4, 22–26); e duas vezes após escritas sobre tábuas de pedra com o dedo de Deus’ (Êxo. 2:12; 31:18; 32:16; 34:1, 28; Deut. 4:13; 5:22; 9:10; 10:1–4), assim apelando igualmente aos ouvidos, aos olhos, e realçando tanto sua suprema importância e permanente obrigação.” — Em “Moody Bible Institute Monthly”, outubro de 1933.
E o Pr. Antonio Neves de Mesquita, Doutor em Teologia, e professor de seminários teológicos batistas de grande projeção, em seu livro “Estudo no Livro de Êxodo”, registra estas palavras:
    “Tomemos em consideração que antes de serem dadas as dez proposições, comumente chamadas Lei, já todos os ensinos nelas codificados estavam em vigor. Podemos mesmo dizer que desde que apareceu o homem sobre a terra os princípios do Decálogo tinham força de lei. E, se quisermos recuar mais ao passado, podemos afirmar que nunca houve tempo nem eternidade em que tais princípios não existissem. (…) Quando o homem foi criado, não lhe foi dada esta lei em forma catalogada, mas lhe foi posta no coração, dentro da consciência, dentro de sua íntima natureza, para que por ela se governasse.” — P. 133. Grifos acrescentados.

—> Igreja Luterana

Lutero nos fala através do que escreveu em “Epitome of Pontoppidan’s Explanation of Martin Luther’s Small Catechism”:
    “Como revelou Deus essa lei?
    “Por ocasião da criação Ele a escreveu no coração dos homens, e por isso é chamada a lei da natureza. Rom. 2:15.
    “Não revelou Deus a lei de alguma outra maneira?
    “Sim, Ele a deu no Monte Sinai, escrita sobre duas tábuas de pedra.”
    — P. 7, ed. de 1935. Grifos acrescentados.
E a “Confissão de Fé Helvética” completa a resposta:
    “A lei natural. Esta lei foi escrita nos corações dos homens pelo dedo de Deus (Rom 2.15), e é chamada a lei natural; foi também esculpida pelo dedo de Deus nas duas tábuas de Moisés e mais pormenorizadamente exposta nos livros de Moisés (Êx 20.1 ss; Deut 5.6 ss).”

—> Igreja Metodista

O pai da Igreja Metodista, John Wesley, declara:
    “A Lei Moral firma-se sobre um fundamento inteiramente diverso da Lei Cerimonial ou Ritual, que tinha o desígnio de servir para uma restrição temporária sobre um povo desobediente e de dura cerviz; enquanto esta (a Lei Moral) procede do princípio do mundo, sendo ‘escrita, não em tábuas de pedra’, mas nos corações de todos os filhos dos homens, quando saíram das mãos do Criador.” — “Upon Our Lord’s Sermon on the Mount”, dis. 5, “Sermons on Several Occasions” (1810), sermão nº 35, p. 81–82. Também em “Works of Wesley” (edição de 1829), vol. 5, p. 311. Grifos acrescentados.
Aí está o testemunho do fundador da Igreja Metodista, alguém que estudou bastante o Livro de Deus. Pelo que lemos, não há nenhuma dúvida que os Dez Mandamentos foram dados a Adão no PRINCÍPIO DO MUNDO. Portanto, a resposta a esta pergunta deve ser: DESDE A CRIAÇÃO!

—> Igreja Anglicana/Episcopal

O “Sínodo de Dort” decidiu a seguinte posição oficial a respeito da origem do Decálogo:
    “4. É verdade que há no homem depois da queda um resto de luz natural. Assim ele retém ainda alguma noção sobre Deus, sobre as coisas naturais e a diferença entre honrado e desonrado e pratica um pouco de virtude e disciplina exterior.
    “5. O que foi dito sobre a luz da natureza vale também com relação à lei dos Dez Mandamentos”.
    — Em “A Corrupção do Homem, a Sua Conversão a Deus e o Modo Dela”, caps. 3 e 4. Grifos acrescentados.

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    “Escute as minhas palavras e preste atenção em tudo o que vou dizer…
    “Darei a minha opinião com franqueza; as minhas palavras serão sinceras, vindas do coração.” (Jó 33:1,3)p
    por Marlington Will