30 de setembro de 2012

Os Mortos NÃO podem Salvar


Quando se está morto, está-se morto. Não se pode interagir com ninguém que ainda esteja vivo. Não interessa que essa pessoa seja o Super-homem, o homem-Aranha, o nosso pai, a nossa irmã mais velha, ou o nosso cônjuge. A comunicação já não é possível.
Todos nós nascemos para morrer. Por isso, para encontrar alguém que nos ajude a superar o problema da morte, será, obviamente, muito importante que esse alguém também esteja vivo.
Todas as religiões lidam com as grandes questões espirituais, tais como, porque sofrem as pessoas, porque existe o mal e a morte, e como é que superaremos a morte? Budismo, Hinduísmo, Islamismo e Cristianismo, todos dão respostas a essas perguntas. Explorei-as a todas, e é o Cristianismo que oferece a resposta que acho mais satisfatória.
Os mortos não nos podem salvar - nem que esse morto fosse o próprio Jesus Cristo. Se Jesus ainda estivesse morto, mesmo sendo o Filho de Deus, não nos poderia salvar.

A Sua Morte.
A História regista que Jesus Cristo foi crucificado fora de Jerusalém, pelos solados romanos, certa do ano 31 d.C.. Um suposto amigo traiu-O, e os outros amigos íntimos abandonaram-n´O. Foi falsamente acusado, ilegalmente julgado e condenado a morrer por pessoas que sabiam que Ele estava inocente. Também foi flagelado, esmurrado, pregado a uma cruz, e o Seu lado trespassado por uma lança. Quando o centurião que O executou observou a cena ao entardecer de Sexta-feira, não havia dúvidas de que Jesus estava verdadeiramente morto.
Foi enterrado rapidamente, sem funeral, em parte porque era considerado um criminoso e em parte porque os judeus não permitiam que fosse feito um funeral à Sexta-feira à tarde, mesmo antes do Sábado. Jesus foi colocado num túmulo de pedra, típico daquela altura, e foi selada com o selo romano.
No Domingo de manhã, vários seguidores fiéis que foram ao túmulo encontraram o selo quebrado, a pedra tirada e o túmulo vazio. Apareceram anjos que lhes disseram que Jesus estava vivo e que podiam esperar vê-l´O em breve.
E é aqui que muitas pessoas consideram a história de Jesus fantasiosa, porque descreve uma pessoa morta a voltar à vida. Compreendo o seu cepticismo, porque eu nunca vi um morto – homem ou mulher – voltar à vida. No entanto, é perigoso limitar a verdade à nossa própria experiência. Tal como aconteceu com os cientistas antigos, também nunca vi os microrganismos que causam doenças, mas eu sei que existem porque eu já vi e senti as suas consequências. Também nunca vi como os medicamentos que tomo combatem a doença, mas aceito-o, primeiro pela fé, depois pela experiência, enquanto recupero. Há muitas coisas que nunca vi e tenho de aceitar através da fé. Assim, também aceito pela fé que Jesus ressuscitou dos mortos.

Não Foi uma Morte Qualquer.
Jesus é o líder religioso mais conhecido em todo o lado, na História deste mundo. Outros líderes religiosos deram bons conselhos espirituais sobre como lidar com os desafios da vida. Contudo, se não superaram a morte, não estão a trata do principal problema da humanidade. Jesus veio salvar as pessoas do pecado, do mal e da morte. Ele viveu e morreu, e depois ressuscitou, porque os mortos não podem salvar os outros. Se Jesus não tivesse superado a morte, o ser humano não teria esperança de sobreviver.
Antes de morrer, Jesus predisse tanto a Sua morte como a Sua ressurreição. Ou Ele estava completamente louco, ou tudo aconteceu tal como Ele tinha dito.
A morte de Jesus não foi uma morte normal. Os Evangelhos registam que, quando Ele estava prestes a morrer, houve um eclipse do Sol durante três horas, e o Sol voltou imediatamente depois de Ele morrer. Quando Jesus deu o último suspiro, a cortina que separava os dois lugares sagrados do templo judeu foi rasgada de alto a baixo, e houve um grande terramoto.
Da mesma forma, pessoas de gerações anteriores, que desceram à sepultura crendo no Cristo que havia de vir, ressuscitaram nessa altura. A Bíblia diz “abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, foram ressuscitados. E saindo dos sepulcros, depois da ressurreição d´Ele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.” Mateus 27:52,53.

A Morte como um Sono.
A principal metáfora bíblica para a morte é o sono. Na verdade, para Deus, a morte é apenas um sono. Como Jesus conquistou a morte, tem as chaves para abrir as sepulturas de outros. Os poucos que foram ressuscitados na altura da Sua morte e ressurreição, são apenas uma amostra dos milhões que voltarão à vida quando Ele regressar à Terra na Sua segunda vinda (ver I Tessalonicenses 4:13-18).
Jesus prometeu voltar à Terra para lidar com a derradeira tragédia humana – a morte. A Bíblia promete que, tal como Jesus ressuscitou dos mortos, também os seres humanos o farão.
A morte é inevitável, mas não invencível; não temos de a temer. No sentido bíblico, a morte é meramente um abençoado estado de não-existência, eo crente não precisa de a temer ou de lutar contra ela.
A minha fé nos ensinos da Bíblia permite-me acreditar que Jesus está vivo e conquistou a morte por mim. Mesmo que eu morra, Jesus vai chamar-me de novo à vida. Eu ressuscitarei dos mortos e viverei outra vez para uma vida que é muito melhor do que aquela que estou agora a viver.
Glen Townend
Sinais dos Tempos, nº 114, 2010
Publicadora Servir.

O QUE ENSINA A BÍBLIA SOBRE A MORTE?





1.   O que é a Morte?
Nota: A morte é o oposto da vida. Vejamos o que é a vida para que possamos compreender o que é a morte.
Rª: “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.” (Gén. 2:7). (Ver Job 33:4.) Vida é o que acontece quando Deus combina um corpo e a centelha da vida. “Se  lhes tiras a respiração, morrem, e voltam para o seu pó” (Sal. 104:29). Morte é o que acontece quando a centelha da vida se apega, ou é removida do corpo.

2.   Para onde vão os mortos, e o que fazem aí?
Rª: “Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar jamais o conhecerá.” (Job 7:9,10). (Job 21:32) “Finalmente é levado à sepultura, e vigiam-lhe o túmulo.”
“Se eu esperar, a sepultura será a minha casa; nas trevas estenderei a minha cama.” (Job 17:13).
“Sai-lhe o espírito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos.” (Sal. 146:4)
“ Porque os vivos sabem que hão-de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Ecl. 9:5,6).
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” (Ecl. 9:10).
Os mortos não louvam ao SENHOR, nem os que descem ao silêncio.” (Sal. 115:17).
“Porque não te louvará a sepultura, nem a morte te glorificará; nem esperarão em tua verdade os que descem à cova.” (Isaías 38:18)
Porque na morte não há lembrança de ti; no sepulcro quem te louvará?” (Salmo 6:5).
“Homens irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura.” (Atos 2:29). “Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita.” (Atos 2:34).
Nota: A Bíblia diz que aqueles que morrem descem à sepultura. Não podem regressar às suas casas. Não “pensam, amam, odeiam, invejam, trabalham ou têm esperança”. Nem podem louvar, glorificar ou lembrar o Senhor. Na realidade, na Bíblia, o termo descritivo mais comum para a morte é o sono.
“Disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme… Mas Jesus dizia isto da sua morte; …Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto” (João 11:1-13). Jesus, que tem a chave da sepultura e da morte, chama à morte, sono. A Bíblia chama, muitas vezes, sono à morte. O termo sono, referindo-se à morte, é um símbolo de esperança porque o sono não é permanente. Todos os que dormem na sepultura estão destinados a acordar.
“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dan. 12:2).
“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” João 5:28,29.
Nota: David disse: “Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; satisfar-me-ei da tua semelhança quando acordar.” (Sal. 17:5)
Job disse: “Oxalá me escondesse na sepultura, … Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e eu te responderia” (Job 14:13-15).

3.   Mas a Bíblia não ensina que a alma é imortal e que só o corpo morre?
Nota: mortal quer dizer “sujeito à morte”, e imortal quer dizer “não sujeito à morte”.
No momento da criação, quando deus deu a vida ao primeiro ser humano a Bíblia diz que Deus “soprou em seu narizes o fôlego da vida: e o homem foi feito alma vivente” (Gén. 2:7). Isto leva-nos a perceber que a palavra “alma” é sinónimo de “ser vivo”, “pessoa”, não uma entidade separada, independente. É a união do corpo com o sopro de vida que produz uma alma “vivente”.
“A alma que pecar, essa morrerá” (Ezeq. 18:20).
“Rei dos reis e Senhor dos senhores, Aquele que tem, ele só, a imortalidade” (1ª Tim. 6:15,16).
A Bíblia diz que as almas morrem, o homem está sujeito à morte e só Deus tem a imortalidade. A doutrina da imortalidade da alma é desconhecida em toda a Bíblia.

4.   Quando é que os justos receberão a imortalidade?
Rª: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.” 1ª Cor. 15:51-53.
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” 1ª Tessalonicenses 4:16,17.
“ Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.” 1ª Cor. 15:22,23.
Nota: As Escrituras são claras ao afirmar que o homem não é inerentemente imortal, mas que os justos receberão corpos imortais gloriosos quando Cristo regressar.
Oh, bendita esperança!

5.   A nossa crença sobre o que aconteceu aos mortos é, realmente, importante?
Nota: Aquilo em que acreditamos sobre o que acontece aos mortos é de importância vital para os vivos, pelas seguintes razões:
a)   O facto de que os mortos estão a dormir nas suas sepulturas oferece um supremo conforto aos vivos. Quer os nossos entes queridos morram na condição de salvos ou condenados, não estão a sofrer dor ou a entristecer-se com os desapontamentos e provações dos vivos. Todos os que morreram em Jesus estão a ser guardados em segurança até à hora dourada da ressurreição, quando Jesus vier. Portanto, a experiência consciente seguinte que terão será ver e ouvir o seu Redentor com todos os Seus santos anjos a vir busca-los para o Seu reino. Ele acordá-los-á para receberem os seus corpos imortais moldados como o próprio o Seu próprio corpo glorioso. (ver Fil. 3:20,21; 1ª Cor. 15:50-57). Depois, todos os que amaram Deus, quer estejam vivos ou tenham morrido, serão reunidos para entrar juntos no reino do Céu como uma família glorificada. (ver Heb. 11:35-40; 1ª Tes. 4:15-17).
b)   A crença na imortalidade natural da alma é um ataque ao evangelho de Jesus Cristo. A imortalidade é um dom sobrenatural do sacrifício redentor de Cristo para os pecadores. Se a minha alma já é imortal, então não preciso de Cristo para me salvar da morte, e Cristo morreu em vão. (ver Rom. 3:23,6:23).
c)   Se, na morte, todos vão imediatamente para a sua recompensa, Cristo não necessita de voltar para ressuscitar ninguém.
d)   É uma questão em quem se acredita. Deus diz: “Certamente morrerá” (Gén. 2:17). Satanás diz: “Certamente não morrerás” (Gén. 3:4).
e)   Uma compreensão correta do estado do homem na morte é a nossa defesa mais segura contra o espiritismo, o engano de Satanás.

6.   Quando arde o fogo do Inferno?
No fim do mundo. “Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo” (Mat. 13:36-42,49).
“E reservar os injustos, para serem castigados” (2ª Ped. 2:9).
Note bem: o castigo vem no fim do julgamento, não após a morte como é popularmente ensinado.
“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” João 5:28,29.
Estão retidos na sepultura para o castigo até à volta de Cristo e do Seu reino no fim do milénio.
“Mas os outros mortos não reviveram até que os mil anos se acabaram. … e foram julgados, cada um, segundo as suas obras. E a morte e o inferno (do grego hades) foram lançados no lago do fogo” (Apoc. 20:5,13,14).

7.   Onde arde o fogo do inferno?
Nesta terra. “E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo do céu, e os devorou” (Apoc. 20:9).
“Eis que o justo é punido na terra; quanto mais o ímpio e o pecador!” (Prov. 11:31).
“Mas os céus e a terra que agora existem, … se reservam como tesouro, e se guaram para o fogo, até ao dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios, … Mas o dia do Senhor virá como ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (2ª Ped. 3:7,10).
Um dia, o fogo do inferno queimará toda a superfície da Terra e destruirá todo o vestígio de pecado e pecadores.

8.   Durante quanto tempo arderá o fogo do inferno?
Até os ímpios serem consumidos. Sete razões pelas quais o inferno não arderá eternamente:
1)   O inferno arderá na superfície da Terra, depois a Terra será recriada como o lar dos salvos. (Ver Apoc. 20:9; 2ª Ped. 3:12,13).
2)   Deus é justo e bom; castiga os pecadores perdidos na proporção das suas obras. (Ver Deut. 32:4; Lucas 12:47,48; Apoc. 22:12).
3)   O homem não é imortal. (Ver Gén. 3:22-24; Ezeq.18:20).
4)   Deus é amor. Você ou eu não torturaríamos os nossos filhos para sempre, não importando quão desobedientes tenham sido. Será que somos mais amorosos do que Deus? (ver Jer. 31:3; Isa. 55:9).
5)   Deus diz que o salário do pecado é a morte, não a tortura eterna. (ver Rom. 6:23; Ezeq. 18:4).
6)   Deus planeia erradicar o pecado, não imortalizá-lo. (ver 1ª Cor. 15:26; Apoc. 20:14).
7)   Deus planeia destruir os ímpios e di-lo muitas vezes na Bíblia. (Sal. 21:9; Sal. 37:10; Sal. 9:5,6).

9.   O que é o inferno?
Na Bíblia, a palavra inferno é usada 54 vezes e só em 12 dos casos se refere a um local a arder.
Ø  No Velho Testamento:
A palavra “sheol” é usada 31 vezes, e significa sepultura, um local de sepultamento.
Ø  No Novo Testamento:
·         A palavra “tártaro” é usada uma vez e refere-se a um local de “escuridão e encarceramento” para o diabo.
·         A palavra “hades” é usada 10 vezes, e é equivalente a “sheol”.
·         A palavra “geena” é usada 12 vezes e refere-se a um local de depósito de lixo fora de Jerusalém onde o fogo era mantido aceso para destruir os refugos; as larvas comiam os cadáveres que ofogo não consumia. O uso da palavra “geena” (a lixeira da cidade) como fogo do inferno indica claramente que o fogo do inferno é para destruir e erradicar o refugo do pecado no Universo, não para perpetuar por toda a eternidade. A promessa de Deus é que a destruição chegará a um fim perpétuo (Sal. 9:6).
·         As Escrituras descrevem claramente o lugar dos mortos. A palavra usada para esse fim no Velho Testamento é “sheol”, e a palavra correspondente no Novo Testamento é “hades”. Elas denotam, como prova o seu uso, um lugar de silêncio, segredo, sono, descanso, escuridão, corrupção e larvas. São nomes para os sítios dos mortos, tanto justos como injustos. Os justos mortos estão ali; pois na ressurreição elevarão o grito vitorioso: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno (do grego hades), a tua vitória?” (1ª Cor. 15:55) e os ímpios mortos estão ali; pois na ressurreição para a condenação é dito que a morte e o inferno (do grego hades) os entregam (Apoc. 20:13). Que o hades do Novo Testamento é o sheol do Velho Testamento, é evidente no Salmo 16, comparado com Atos 12:2. Portanto, o Salmo 16:10 diz: “Pois não deixarás a minha alma no inferno”, (Hebraico sheol); e o Novo Testamento faz uma citação direta desta passagem e, para sheol, usa a palavra hades (Atos 2:27).
Sheol e hades (a sepultura) é qualquer local físico onde os mortos são enterrados (Ezeq. 32:18-22).
José Carlos Costa
Galeria Estudos Bíblicos

28 de setembro de 2012

Os Pobres, e o Nosso Dever


1.   Qual a atitude de Deus para com os pobres?
Rª:”Porque ele livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude.” Sal. 72:12
2.   Para que fim, disse Cristo, O havia Deus ungido?
Rª: “O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração.” Lucas. 4:18
3.   Quando, disse Ele, podemos fazer bem aos pobres?
Rª: “Podeis fazer-lhes bem quando quiserdes.” Marcos 14:7
4.   Que diz S. Paulo quanto ao nosso dever  para com os pobres?
Rª: Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.” Atos 20:35
5.   Que promessas são feitas aos que atentam para os pobres?
Rª: “BEM-AVENTURADO é aquele que atende ao pobre; o SENHOR o livrará no dia do mal. O SENHOR o livrará, e o conservará em vida; será abençoado na terra, e tu não o entregarás à vontade de seus inimigos. O SENHOR o sustentará no leito da enfermidade; tu o restaurarás da sua cama de doença.” Sal. 41:1-3
6.   Como considera o Senhor a bondade manifestada para com o pobre?
Rª: “Ao SENHOR empresta o que se compadece do pobre, ele lhe pagará o seu benefício.”
“Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra, e do trabalho do amor que para com o seu nome mostrastes, enquanto servistes aos santos; e ainda servis.” Heb. 6:10
7.   Que sorte aguarda os que fazem ouvidos moucos para com os pobres?
Rª: “O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido.” Prov. 21:13
8.   Que classes, somos especialmente recomendados a ajudar?
Rª: “Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto, ajudai o oprimido fazei justiça; tratai da causa das viúvas.” Isa. 1:17
9.   Em que consiste a religião pura e imaculada?
Rª: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” Tiago 1:27
10.               Que espécie de jejum é mais aceitável a Deus?
Rª: “Não é este o jejum que escolhi? …que repartais o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desterrados? E vendo o nu o cubras, e não te escondas da tua carne?” Isa. 58:6,7
11.               Que é prometido aos que fazem esta obra?
Rª:  “Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente; E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam.”
Isa. 58:9-11

Nota e conclusão: De S. Mateus 25:31-45, aprendemos que Cristo Se identifica com a necessitada e sofredora humanidade; e que qualquer negligência para com a mesma, considera como sendo manifestada para com Ele próprio.

Toda a pessoa que te busca o faz para pedir-te alguma coisa; o rico aborrecido, a amenidade da tua conversão; o pobre, o teu dinheiro; o triste, um consolo; o fraco, um estímulo; o que luta, uma ajuda moral. Toda a pessoa que te busca, certamente irá pedir-te algo.
E tu ousas impacientar-te! E tu ousas pensar: “Que importunação!” Infeliz!  A lei escondida, que reparte misteriosamente as excelências, tem-dignado a outorgar-te o privilégio, o bem dos bem, a prerrogativa das prerrogativas: dar! Tu podes dar!
Tantas quantas horas tem o dias, tu dás, ainda que seja um sorriso, ainda que seja um aperto de mão, ainda que seja uma palavra de alento! Tantas quantas horas tem o dia, tu te pareces com Ele, o qual não é senão uma doação perpétua, difusão perpétua e dádiva perpétua.
Devias cair de joelhos diante do Pai e dizer-Lhe: “Graças porque posso dar, Pai meu! Nunca mais passará por meu semblante a sombra de uma impaciência!” – Amado Nervo.
Pr. José Carlos Costa

27 de setembro de 2012

O DOM DE DAR

Ø  Que exemplo de liberalidade foi dado por Deus ao mundo?
Rª: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16
Ø  Por que meio foram provadas a fé e obediência de Abraão?
Rª: “Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigénito.” Hebreus 11:17
Ø  Que fez Cristo para nos remir?
Rª: “O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai.” Gálatas 1:4 (ver Tito 2:14; 1 Tim. 2:6).
Ø  Por que desprezou Jesus toda a Sua riqueza, tornando-Se pobre?
Rª: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis.” 2ª Cor. 8:9
Ø  Depois de Abraão ser abençoado, que seria ele?
Rª: “Abençoar-te-ei, … e tu serás uma bênção.” Gén. 12:2
Ø  Ao enviar Cristo os Seus discípulos para pregar, curar os enfermos e ressuscitar os mortos, que lhes disse?
“De graça recebeste, de graça dai.” Mat. 10:8
Ø  Porque e para que nos consola Deus nas nossas tribulações?
Rª: “Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.” 2ª Cor. 1:4
Nota: todos quantos aceitam o Evangelho assumem a obrigação de transmitir as suas bênçãos a outros. Dessa maneira é ampliada a obra da salvação. De toda alma redimida do pecado, Deus espera que, para o bem de outras, participe do mesmo trabalho que a remiu e firmou à Rocha. As boas coisas de Deus não devem ser retidas egoistamente por nós. Recebemos para dar. Diz Whittier: “Perdida está a alma que se salva sozinha.” E assim como o amor levou à dádiva divina, assim o Seu amor no nosso coração nos habilitará a dar, para ministrar e para empenharmos em amoroso serviço pelo bem e felicidade de outros.
Ø  Que disse Cristo da bem-aventurança de dar?
Rª: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.” Atos 20:35
Nota: O Governo divino está fundado sobre o princípio da beneficência, ou do desejo de abençoar a outros. Nossas mais ricas bênçãos advêm-nos em resultado das boas coisas que transmitimos aos nossos semelhantes.
Ø  Para que foi Cristo ungido pelo Espírito Santo?
Rª: “O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos.” Isaías 61:1 (ver Lucas 4:18).
Nota: o Espírito Santo é concedido para habilitar os filhos de Deus para o serviço.
Ø  Depois de ser assim ungido, que fez Cristo?
Rª: “O qual andou fazendo o bem.” Atos 10:38.
A reflectir: Certamente, como Deus, Jesus Cristo não precisava de nada. Possuía toda a glória e louvor do céu. Com o Pai e o Espírito, Ele reinava sobre o Universo. Mas Filipenses 2:6 afirma um facto extraordinário: Ele não considerou a Sua igualdade com Deus como “algo que deveria reter de forma egoísta”. Jesus não pensou em Si mesmo, pensou nos outros. A Sua perspectiva (ou atitude) era de um interesse genuíno e altruísta pelos outros. É esta “a mente de Cristo”, uma atitude que afirma: “Eu não posso manter os meus privilégios para mim próprio, tenho de os usar para os outros; e para fazer isso, ponho-os alegremente de lado e pago o preço que for necessário.”
Bênçãos do Céu.

Pr. José Carlos Costa

17 de setembro de 2012

Jesus, o “unigénito Filho de Deus” – Gerado ou Eterno?

A palavra “unigénito” (monogenês), quando aplicada a Cristo, destaca Sua singularidade – Ele é o único através do qual podemos obter vida eterna.

As Escrituras falam de Jesus como sendo eterno (Jo 1:1; Hb 1:8,10-12, etc). No entanto, deparamo-nos com passagens onde Jesus é chamado de “unigénito” (por exemplo, João 3:16), palavra que vem do latim ”unigenitus” cujo significado é “único gerado por seus pais, filho único”.1 Mas, se Jesus é eterno, como pode ter sido “gerado”?

As línguas bíblicas são de muito auxílio para uma boa interpretação dos textos bíblicos. Nesse sentido, um estudo do significado da palavra grega monogenês nos ajuda a compreender melhor a Pessoa do Filho em Sua relação com o Pai e a humanidade.

A palavra grega monogenês é composta de duas outras: monos, que significa “único” “só” “sozinho” “sem igual”2 e genos, cujo significado é “espécie” “género” “classe”3 Sua melhor tradução seria, então, “único” “único de sua espécie” “único de seu gênero”4.

A palavra monogenês tem sua correspondente na palavra hebraica yachíd , cuja tradução é “único” “precioso” como era o caso de Isaque (Gn22:2,12,16). Ele era “único”, no sentido de ser o único filho da promessa, e não no sentido de ser o único filho gerado por Abraão.5 Talvez a melhor tradução da palavra [monogenês] seja ”único” no sentido de “sem igual”.6

“Monogenês, único! é achado como título cristológico somente em João. Monogenês se emprega para destacar Jesus de modo sem igual, acima de todos os seres terrestres e celestiais.”7 Jerónimo empregou “unigenitus” na Vulgata, para combater a alegação ariana de que Jesus teria sido feito pelo Pai. Ao dizer que Jesus era “unigenitus” (“único gerado”), queria dizer que o Filho procede do Pai e que tem a mesma natureza divina do Pai, mas não foi feito 8, como é o caso das demais criaturas. “Jesus como monogenês é Aquele que pode dizer ‘Eu e o Pai somos um’” (Jo 10:30).9

Monogenês – [...] se traduz corretamente como “único” “único de seu género” [...] Monogenês se refere à posição (único em seu género). [...] Assim também com respeito aos cinco textos de João que se referem a Cristo, a tradução deveria ser uma das seguintes: “único” “precioso” “exclusivo” “incomparável” “o único de sua classe”; porém não “unigénito” que se originou com os primeiros pais da Igreja Católica e entrou nas primeiras traduções da Bíblia devido à influência da Vulgata Latina, texto oficial da Bíblia para a Igreja Católica. Refletindo com exatidão o grego, vários manuscritos redigidos em latim antigo, anteriores à Vulgata, dizem ”único” e não “unigénito”10

O vocábulo monogenês aparece nove vezes em o Novo Testamento11, três vezes no Evangelho de Lucas, cinco no Evangelho de João e uma vez no livro de Hebreus.

No Evangelho de Lucas, monogenês não tem conotação teológica ou cristológica, mas se refere a filhos únicos de seus pais: o filho único de uma viúva de Naim (Lc 7:12), a filha única de Jairo (8:42), e o filho único de certo homem que rogou a Jesus que expulsasse o demónio de seu filho (9:38).

Já em Hebreus (11:17) o vocábulo monogenês é empregado para se referir a Isaque – filho único de Abraão e Sara (pois esse patriarca tinha outros filhos: Ismael, de sua escrava Hagar, cf. Gn 16:15; mais seis filhos, de sua esposa Quetura, cf. Gn 25:1, 2; além de outros filhos, de várias concubinas, cf. Gn 25:6). Pode-se também aplicar o termo monogenês a Isaque no sentido de que ele era o único filho da promessa.12

João é o único que aplica o termo monogenês como título cristológico, e o faz em todas as cinco vezes onde 0 termo aparece em seus escritos (4 vezes no seu Evangelho e 1 vez em 1ª João 4:9). João faz uso desse vocábulo para enfatizar a natureza ímpar, sem igual, de Jesus Cristo. Analisemos, mais detidamente, as passagens joaninas onde ele emprega o vocábulo monogenês:

João 1:14: “E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do unigénito do Pai.” Nesse texto, aparecem dois títulos dados ao Filho: Ele é o Verbo [logos] ou a Palavra divina, o Criador, Aquele que ”estava com Deus” quando tudo foi criado, e “era Deus” (Jo 1:1-3). Além de Criador, Ele é também o Filho único de Deus, único de Sua espécie, pois é Deus pleno e homem pleno. Ele é o homem Jesus Cristo, mas também é “Emanuel” – “Deus conosco” (Mt 1:23). “Quando João fala do Filho de Deus, ele tem primeiramente a ideia de que o homem Jesus Cristo não é exclusivamente homem, mas também o exaltado e pré-existente Senhor.”13 Assim, tendo em vista a argumentação no início deste artigo quanto ao significado de monogenês, poderia se traduzir esse termo como ”único”: “E vimos a Sua glória, glória como do [Filho] único do Pai.”

João 1:18: “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigénito, que está no seio do Pai, é quem O revelou.” A expressão “Deus unigénito” (seria mais bem traduzida para “Deus único”) aparece em alguns manuscritos.14 Outros, no entanto, em vez de ”Deus único” trazem “o Filho único”15 Aqueles manuscritos que trazem ”Deus único” contribuem com uma afirmação adicional quanto à divindade do Verbo.16 Os que apresentam a expressão “o Filho único” destacam o relacionamento de Jesus com o Pai. ”Como Filho único Jesus está em íntima comunhão com Deus. Não há outro com o qual Deus possa ter semelhante relacionamento. Ele compartilha cada coisa com Seu Filho. Por essa razão, Jesus pode revelar Deus, não por ouvir dizer, mas por causa de Sua incomparável proximidade de relacionamento com Ele [o Pai] .”17

João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigénito, para que todo o que n´Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Essa passagem pode ser considerada o resumo do Evangelho, e até da Bíblia. Como vimos, “unigénito” deveria ter sido traduzido por ”único” O emprego de monogenês, neste verso, segue a ideia joanina de enfatizar a forma particular de comunhão que o Filho tem com o Pai, como nenhum outro ser o tem. Cristo não é Filho de Deus por Seu nascimento natural (Encarnação), pois Seu relacionamento com o Pai antecede a esse acontecimento. Tal relacionamento é eterno. Assim, o fato de Deus dar Seu único Filho realça a profundidade de Seu amor pela humanidade.18 Ele deu o que de mais precioso poderia ser dado.

João 3:18: “Quem n´Ele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigénito Filho de Deus.” Mais uma passagem de João, onde ele enfatiza a natureza ímpar de Jesus como o Filho de Deus.19 Só pode haver salvação se houver a aceitação do Filho único de Deus, “o qual, devido à Sua natureza sem par, é o único salvador dos homens.”20 Essa passagem de João ecoa as palavras de Pedro: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do Céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4:12).

1 João 4:9: “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o Seu Filho unigénito ao mundo, para vivermos por meio d´Ele.” Mais uma vez o vocábulo monogenês é empregado por João para destacar a natureza sem igual de Jesus Cristo, sem qualquer ênfase na ideia de geração. “Ele é o único Salvador e Mediador. O Filho de Deus é declarado unigénito, ‘termo que fala sobre ’relacionamento’ e não sobre origem.. Tal relacionamento é eterno.”21

Em conclusão ao estudo da palavra monogenês no Novo Testamento, pode-se ver que, nas passagens referentes a Cristo, ela é empregada pelo apóstolo João para destacar Sua singularidade, Jesus é o Único que é Deus pleno e homem pleno, o Único através do qual podemos obter vida eterna, o Único que tem poder absoluto sobre a morte, pois a venceu, ao ressurgir dos mortos pela vida que havia em Si mesmo (Jo 10:17 e 18; 11:25).

Referências:
1. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, p. 2020.
2. BARTELS, K. H, in: COENEN, L. & BROWN, C. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, v. 2. São Paulo: Vida Nova, 2000, p. 2564.
3. NICHOL, F. D, ed. Comentário Bíblico Adventista del Séptimo Dia, v. 5. Boise: Publicaciones lnteramerianas, 1987, p. 880.
4. Angel Manuel Rodriguez chama a atenção para o fato de genos estar relacionado ao verbo ginomai (nascer, ser feito, tornar-se), e assim o vocábulo monogenès poderia também significar “único gerado”. Contudo, afirma ainda Rodriguez, que “há evidência linguística indicando que no tempo do Novo testamento a ideia de derivação ou nascimento estava separada do substantivo verbal genos”. Assim, seria melhor não dar demasiada ênfase na etimologia de monogenês, mas na maneira como os autores o empregam. (R0DRÍGUEZ, M. A. “Christ as Monogenês: Proper Translation and Theological Significance”, Reflections – A BRI Newsletter, January, 2007, p. 6).
5. WRIGHT, J, in: COENEN, L. & BROWN, Dicionário lntemacional de Teologia do Movo Testamento, v. 2, op. cit, p. 565.
6. Ibid.
7. BARTELS, K, in: Ibid, p. 25 65.
8. Quisesse um escritor bíblico dizer que Jesus foi “gerado” no sentido de”ter sido feito” ou “concebido”pelo Pai teria empregado monogênnetos e não monogenês (cf. MOULTON e MILLIGAN, citado por APOLINÁRIO, P. As Testemunhas de Jeová e sua Interpretação da Bíblia,4. ed. São Paulo: Instituto Adventista de Ensino, 1986, p. 147).
9. Ibid, p. 2566.
10. NICH0L, F.D., ed. Comentário Bíblico Adventista del Séptimo Dia,v.5. Boise: Publicaciones Interamericanas, 1987, p. 880.
11. As citações são da Versão Almeida Revista e Atualizada no Brasil, edição de 1993.
12. WRIGHT, J., in: COENEN, L & BR0WN, Dicionário Internacional do Novo Testamento, v. 2, op. cit, p. 565.
13. KITTEL, G., Theological Dictionary of the New Testament, v. 4. Grand Rapids: Eerdmans Printing Company, 2006, p. 741.
14.
15.
16. WRIGHT, J, in: COENEN, L. & BROWN, C. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, v. 2, op. cit, p. 570.
17. KITTEL, G., ed. Theologial Dictionary of the New Testament, v. 4, op. cit., p. 740.
18. CHAMPLIN, R.N.O Novo Testamento lnterpretado, v. 2. São Paulo: Candeia, 1995, p. 312.
19. Ibid, p. 313.
20. Ibid.
21.lbid,v.6,p.278.

Texto de autoria de Ozeas C. Moura,Th . D., editor na Casa Publicadora Brasileira.

16 de setembro de 2012

São Cristo e o Espírito Santo a mesma PESSOA?

Os dissidentes não são contraditórios por maldade. Vejo em muitos deles pessoas sinceras, em busca de respostas para os seus conflitos internos. O diabo, como é “pai da mentira”, cega a pessoa de tal modo que ela não vê que possui duas teorias totalmente distintas sobre a Terceira Pessoa da Trindade e que isso a levará à perdição eterna caso não mude.

Porém, nesse blog tais pessoas terão ajuda, se quiserem. Creio que Deus pode libertá-las das trevas.
Alguns textos bíblicos serão suficientes para levar qualquer um a refletir e a abandonar de vez (se quiser) tal ensino horroroso. Se Jesus e o Espírito são a mesma pessoa:
1) Foi o próprio Cristo quem guiou a si mesmo no deserto da tentação? – Mt 4:1
2) Foi o próprio Cristo que desceu sobre Seu próprio ombro por ocasião do batismo? – Mt 3:13-17 (Barbaridade, a que ponto temos que chegar...)
3) O Pai enviou a Cristo em nome do próprio Cristo? – João 14:26
Com base nesses textos e em João 10:30 podemos entender a citação de Ellen White no Manuscript Releases, p.p. 23, 24. Leiamos o texto primeiramente: “Eu e o Pai somos um.”
O fato de Jesus dizer que Ele e o Pai são um significa que o Pai e o Filho “são a mesma pessoa”? Não! Cristo apenas usou uma força de expressão para destacar a unidade que existe entre Ele e o Pai.

Do mesmo modo, quando Ellen White escreveu no Manuscript Releases que “O Espírito Santo é Ele mesmo [Jesus]” ela também está usando uma força de expressão para destacar a unidade que há entre Cristo e o Espírito Santo.

Prova disso encontramos na própria autora que afirma ser o Espírito Santo um ser distinto de Cristo:

Veja agora esse texto bíblico que dá um golpe mortal na teoria dos dissidentes:
“ Ouvindo eles isto, enfureciam-se no seu coração e rilhavam os dentes contra ele. Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus.” (At 7:54-56)

Aqui o Espírito Santo é claramente distinto do próprio Cristo. O Espírito está com Estêvão enquanto que Jesus está ao lado de Deus Pai!

Se Cristo fosse o mesmo Espírito, veja como ficaria a fórmula batismal de Mateus 28:19 (que comprovadamente está no original grego):

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e em nome do Filho de novo”

Pode uma pessoa que estuda a Bíblia e teme a Deus continuar acreditando na heresia de que Cristo e o Espírito não são pessoas distintas?

“O tempo decorrido não operou nenhuma mudança na promessa dada por Cristo ao partir, promessa esta de enviar o Espírito Santo como Seu representante” (Atos dos Apóstolos, p. 50). Ellen White diz que o Espírito é o representante de Cristo e não “o próprio Jesus”! Afinal, como alguém poderia “ser representante de si mesmo”?
Leandro Quadros
postado c/adatações por José Carlos Costa

15 de setembro de 2012

Conheça a Bíblia

A Bíblia é um livro que nos surpreende, pela antiguidade, pela posição cimeira que continua a ocupar entre os livros mais vendidos e procurados no mundo, pela diversidade de conteúdos que nela encontramos e, finalmente, pela resistência face às perseguições e aos ataques de que sido alvo ao longo da História.
Factos Acerca da Bíblia.
• Ela contém 66 livros e 1189 capítulos, tendo o Velho Testamento 929 capítulos e o Novo Testamento 260.
• O maior capítulo da Bíblia é o Salmo 119 e o mais pequeno o Salmo 117.
• Maer-Salad-Has-Bas é o maior nome que encontramos na Bíblia e está no livro de Isaías, no capítulo 8.
• O versículo mais comprido é o de Ester 9:8 (com 415 carateres) e o mais curto o de João 11:35 (somente 11).
• No livro de Esdras, no capítulo 7 e versículo 21, temos todas as letras do alfabeto hebraico, menos uma.

A Bíblia foi escrita durante um período de mais de 1500 anos, por 44 autores, que viveram em épocas e culturas diversas, envolvidos em actividades distintas. Na sua composição, encontramos camponeses, pescadores, reis, filósofos, políticos, médicos, teólogos, ricos e pobres, pessoas dos mais rariados extractos sociais, que colaboraram na redacção de um texto que continua a interpelar pela sua honestidade, exactidão e incisão na apresentação dos diversos assuntos de que trata, assuntos que dão resposta e sentido às grandes questões da existência humana.

Desde que Moisés começou a escrever o texto sagrado, cerca de 1450 a.C., até ao último livro do Novo Testamento, escrito pelo apóstolo João por volta do ano 90 d.C., mais de quinze séculos se passaram, sem que tal diversidade tivesse afectado a corência e a unidade do texto e dos temas.

A questão de quais livros pertencem à Bíblia é chamada de questão canónica. A palavra cânon significa régua, vara de medir, regra, e, em relação à Bíblia, refere-se à coleção de livros que passaram pelo teste de autenticidade e autoridade. Significa ainda que esses livros são a nossa regra de fé e vida.
Mas, como foi formada esta coleção, adequadamente chamada de Bíblia?

• Os Testes de Canonicidade
Em primeiro lugar é importante lembrarmos que certos livros já eram canônicos antes de qualquer teste lhes ser aplicados. Isto é como dizer que alguns alunos são inteligentes antes mesmo de se aplicar neles qualquer prova? Os testes apenas provam aquilo que já existe.

Os diversos concílios eclesiásticos reconheceram certos livros como sendo a Palavra de Deus e, com o passar do tempo, aqueles assim reconhecidos e profundamente analisados quanto a sua coerência e autenticidade, foram colecionados para formar o que hoje chamamos Bíblia.

E que testes foram aplicados o longo dos séculos?
(1) Havia o teste da autoridade do escritor. Em relação ao Antigo Testamento, isto significava a autoridade do legislador, ou do profeta, ou do líder em Israel. No caso do Novo Testamento, o livro deveria ter sido escrito ou influenciado por um apóstolo para ser reconhecido. Em outras palavras, deveria ter a assinatura ou a aprovação de um apóstolo. Pedro, por exemplo, apoiou a Marcos, e Paulo a Lucas.

(2) Os próprios livros deveriam dar alguma prova intrínseca de seu caráter peculiar, inspirado e autorizado por Deus. Seu conteúdo deveria se demonstrar ao leitor como algo diferente de qualquer outro livro, por comunicar a revelação de Deus.

(3) O veredicto das igrejas quanto à natureza canónica dos livros era importante. Na verdade, houve uma surpreendente unanimidade entre as primeiras igrejas quanto aos livros que mereciam lugar entre os inspirados. Embora seja fato que alguns livros bíblicos tenham sido recusados ou questionados por uma minoria, nenhum livro da Bíblia, cuja autenticidade tenha sido questionada por um grande número de igrejas, veio a ser aceito posteriormente como parte do cânon.

• A Formação do Cânon
O cânon da Escritura estava se formando, é claro, à medida que cada livro era escrito, e completou-se quando o último livro foi terminado. Quando falamos da "formação" do cânon estamos realmente falando do reconhecimento dos livros canónicos. Esse processo levou algum tempo. Alguns estudiosos afirmam que todos os livros do Antigo Testamento já haviam sido colecionados e reconhecidos por Esdras, no quinto século a.C. As referências nos escritos do historiador Flávio Josefo (95 A.D.) indicam a extensão do cânon do Antigo Testamento como sendo os 39 livros que conhecemos e aceitamos hoje.

Quando Jesus acusou os escribas de serem culpados da morte de todos os profetas que Deus enviara a Israel, desde Abel até Zacarias (Luc.11:51), Ele, desta forma, delimitou o que considerava ser a extensão dos livros canónicos. O relato da morte de Abel está no primeiro livro, Génesis; o da morte de Zacarias se acha em II Crónicas, que é o último livro da disposição da Bíblia hebraica (em lugar do nosso Malaquias). Assim sendo, é como se Jesus tivesse dito: "A culpa de vocês está registrada em toda a Bíblia, de Gênesis a Malaquias". É interessante que Jesus nunca fez referência a nenhum dos livros chamados apócrifos, que já existiam em seu tempo, uma vez que os fatos neles relatados ocorreram no período intertestamentário, quase 200 anos antes de Seu nascimento.

Os primeiros concílios eclesiásticos a reconhecerem todos os 27 livros do Novo Testamento foi o de Hipona e o de Cartago, em 397 d.C. Alguns livros do Novo Testamento, individualmente, já haviam sido reconhecidos como canónicos muito antes disso (II Ped. 3:16; I Tim. 5:18), e a maioria deles foi aceita como canónicos no século posterior ao dos apóstolos, embora alguns como Hebreus, Tiago, II Pedro, II e III João e Judas tivessem sido debatidos durante algum tempo. A seleção do cânon sagrado foi um processo que continuou até que cada livro provasse o seu valor, passando pelos testes de canonicidade.

Os 12 livros chamados apócrifos do Antigo Testamento jamais foram aceitos pelos judeus ou por Jesus. Eles eram respeitados, mas não foram considerados como Escritura Sagrada. Eles chegaram a ser incluídos na tradução grega chamada Septuaginta, produzida cerca de 300 anos antes de Cristo. Jerónimo (século IV http://pt.wikipedia.org/wiki/Vulgata) fez uma distinção entre esses livros e os canónicos, chamando-os de eclesiásticos, e essa distinção acabou por conceder-lhes uma canonicidade secundária. Os Reformadores também os rejeitaram. Algumas versões protestantes dos séculos XVI e XVII, os apócrifos foram colocados à parte.

• O Texto Bíblico que Conhecemos é Confiável?
Os manuscritos originais do Antigo Testamento e suas primeiras cópias foram escritos em pergaminho ou papiro, desde o tempo de Moisés (1450 a.C.) e até o tempo de Malaquias (425 a.C.). Até a sensacional descoberta dos Rolos do Mar Morto, em 1947, não possuíamos cópias do Antigo Testamento anteriores a 895 d.C. A razão disto acontecer era a veneração quase supersticiosa que os judeus tinham pelo texto, e que os levava a enterrar as cópias, à medida que ficavam gastas demais para uso regular.

Na verdade os Massoretas, ou tradicionalistas, que acrescentaram os acentos e transcreveram a vocalização das palavras hebraicas, aproximadamente entre 500 e 1500 d.C., padronizando em geral o texto do Antigo Testamento, engendraram maneiras sutis de preservar a exatidão das cópias que faziam. Verificavam cada página cuidadosamente, contando a letra média de cada página, livro e divisão. Devemos muito a estes religiosos detalhistas, em relação à veracidade do que hoje conhecemos. Alguém disse que qualquer coisa numerável era numerada por eles.

Quando os Manuscritos do Mar Morto foram descobertos, trouxeram à luz um texto hebraico datado do segundo século a.C., com todos os livros do Antigo Testamento, menos o de Ester. Essa descoberta foi extremamente importante, pois forneceu um instrumento muito mais antigo para verificarmos a exatidão do Texto Massorético, que se mostrou extremamente exato.

Outros instrumentos antigos de verificação do texto hebraico incluem a Septuaginta, os targuns aramaicos (paráfrases, comentários e citações do Antigo Testamento), referência em obras de autores cristãos da antiguidade, a tradução latina de Jerónimo (a Vulgata, 404 d.C.), feita diretamente do texto hebraico corrente em sua época. Todas essas fontes nos oferecem dados que asseguram um texto extremamente exato do Antigo Testamento.

Em relação ao Novo Testamento, mais de 5.000 manuscritos dele existem ainda hoje, o que o torna o mais bem documentado dos escritos antigos. Além de existirem muitas cópias do Novo Testamento, muitas delas pertencem a uma data bem próxima à dos originais. Há aproximadamente 75 fragmentos de papiro datados desde 135 d.C., até o oitavo século, possuindo partes de 25 dos 27 livros do Novo Testamento, num total de 40% do texto total.

As muitas centenas de cópias feitas em pergaminho incluem o grande Códice Sinaítico (quarto século), o Códice Vaticano (também do quarto século) e Códice Alexandrino (quinto século). Além disso, há cerca de 2.000 lecionários (livretos de uso litúrgico que contêm porções das Escrituras), mais de 86.000 citações do Novo Testamento nos escritos dos chamados Pais da Igreja, antigas traduções como a latina ou Ítala, a siríaca e a egípcia, datadas do terceiro século, e a versão latina de Jerónimo. Todos esses dados, mais o trabalho feito pelos estudiosos da paleografia, arqueologia e crítica textual, nos asseguram possuirmos um texto exato e fidedigno do Novo Testamento.

No entanto, o que realmente nos dá a certeza de que a Bíblia contêm o pensamento inspirado por Deus a homens escolhidos para esse fim, é o poder que suas verdades possuem. É impossível ler a Bíblia com sinceridade e oração sem ser tocado pela força de suas palavras. A maneira miraculosa como essas verdades atravessaram os séculos e chegaram até nós, transformando vidas, modificando costumes, abrandando corações, trazendo conforto, felicidade e paz de espírito a quem as lê, nos dão a certeza de que Deus nos fala através de suas páginas.

Como Estudar a Bíblia
A Bíblia pode ser lida em qualquer momento, e qualquer um dos seus livros contém ensinos proveitosos. No entanto, como ela aborda as questões fundamentais que têm a ver com a existência humana e o objectivo pelo qual existimos, a própria Bíblia aconselha a um método de estudo: comparar o que os seus livros dizem acerca de determinado assunto.
O profeta Isaías determina esse método: “Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali” (Isaías 28:10).
Jesus Cristo, após a Sua ressurreição, utilizou esse procedimento, quando explicou aos discípulos que se dirigiam para Emaús os sofrimentos anunciados do Messias (cf. Lucas 24:27,44).
Os pais da Igreja preferiam também utilizar este método na sua análise da Bíblia. Este método parte do princípio de que a Bíblia é a sua própria intérprete. E é a partir deste estudo harmonioso da Bíblia que se pode ficar a conhecer a vontade e o plano de Deus para a nossa vida.
José Carlos Costa, pastor