13 de julho de 2011

A BÊNÇÃO DA PALAVRA.

A linguagem brejeira ou palavrões estão a tornar-se cada vez mais difundidas na nossa sociedade. Um estudo de 2008 de usuários da Internet encontrou vulgaridade frequente na Web, e um estudo de 2006 revelou que pessoas escrevem obscenidades nas salas de bate-papo uma vez a cada dois minutos (1). Uma pesquisa da Associated Press/Ipsos poll (2) de 2006 mostrou que 74% dos norte-americanos reconheceram terem se deparado com palavrões em público frequentemente ou ocasionalmente e 66% concordaram que, como regra, as pessoas são mais maldizentes hoje do que há 20 anos (3). “três estudos de campo”, indicaram que aqueles que [refilam] usam um total de 80 à 90 palavras tabu por dia, fora da média de 15.000 a 16.000 palavras que as pessoas falam diariamente (4).
McKay Hatch, um adolescente da Califórnia que se cansou de alunos na sua escola usando constantemente palavrões, começou um grupo chamado “Clube sem Palavrões” em 2007. Algumas pessoas têm colocado McKay como alvo de assédio, brincadeiras, e até mesmo ameaças de morte. Mas McKay diz que não quer
tirar o direito das pessoas quanto à liberdade de expressão, ele só quer desafiá-las a falar palavras que não ofendam os outros. Muitas pessoas concordam com ele. Agora, o “Clube sem Palavrões” possui mais de 30.000 membros em 50 estados e 30 países do mundo. (5)
Jesus em Mateus 12:34-36 admoestou as pessoas sobre o impacto das palavras que elas proferem: “…a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do seu mau tesouro tira coisas más. Mas eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado”.
Aqueles que professam o cristianismo não costumam sair por aí a soltar palavrões, mas se deixamos algumas palavras profanas escaparem das nossas bocas de vez em quando ficamos aborrecidos, ainda precisamos aprender a manter o nosso discurso sob controlo. O que diz quando acidentalmente dá uma topada no dedo do pé, ou prende a mão na porta do carro? Fica surpreendido com o que sai da sua boca durante uma discussão com o seu cônjuge?
As nossas palavras não são apenas expressões casuais que não afetam realmente aqueles que nos rodeiam. As palavras têm um poder incrível. Elas podem construir ou destruir nações, famílias, igrejas, carreiras ou negócios. Enquanto as palavras negativas podem ferir outras pessoas e desonrar a Deus, palavras positivas podem abençoar aos outros e honrar a Deus. Deus na Sua Palavra convida-nos a participar na oração do Salmo 19:14 que exorta: “Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis aos teus olhos, ó Senhor, Rocha minha e Redentor meu”.
Veja como você pode usar suas palavras para a bênção, não para a maldição:
1. Confessar e arrepender-se. Reconheça as vezes que fala palavras que não agradam a Deus e que ferem a outros, reconheça que esta profanação é errada, e decida parar de maldizer de uma vez por todas.
2. Peça a Deus para o ajudar a controlar o seu discurso. Não liberte o poder destrutivo através de palavras negativas. Mas em vez de simplesmente evitar o discurso negativo, esforce-se por falar palavras positivas quantas vezes for possível. Permita que a sua boca se torne serva de Deus, não há fim para o bem que Ele pode fazer através de você.
3. Verifique o seu pensamento. Lembre-se que Jesus disse que a boca fala do que está cheio o coração. Tome um olhar honesto sobre as atitudes que estão ocultas no seu coração. Cada atitude no seu coração começa com um pensamento na sua mente. Examine o que o leva a usar palavrões, e ore para que Deus lhe dê a força para enfrentar e superar as tentações. Peça ao Espírito Santo para renovar a sua mente para se livrar de pensamentos negativos e preenchê-la com pensamentos positivos. Preste atenção em como pensa em diferentes situações, e tente manter um registo dos seus pensamentos por um tempo para que você possa voltar a eles e estudá-los mais tarde para entender melhor o que passou pela sua mente. Preste atenção especial à forma como o stresse físico ou emocional afeta os seus pensamentos, e esteja ciente de que fica especialmente vulnerável durante períodos em que está com fome, cansado ou aborrecido com alguma coisa.
4. Considere o que está a permitir entrar na sua mente através dos sentidos. O que está a ouvir, ver, ou ler? Será que honra a Deus, ou será que contém palavras que desonram O desonram? Se é atraído por algo que desonra a Deus, qual a razão para ser atraído por isso? Peça a Deus para o ajudar a escolher palavras melhores, sons e imagens para alimentar a mente. A sua mente é um campo de batalha espiritual. Embora as forças do mal queiram bombardear a mente com pensamentos negativos, o Espírito Santo oferece-lhe um poder maior para pensar positivamente. Seja paciente e cuidadoso na forma como lida com pensamentos negativos. Monitorize os pensamentos e com alguma freqüência pergunte-se se eles se alinham com as verdades de Deus expressas na Bíblia.
5. Leia a Bíblia com frequência e medite sobre o que ela diz. Peça a Deus para o ajudar a absorver as verdades contidas na Sua Palavra para que elas comecem a transformá-lo, incluindo a forma como fala.
6. Peça a um amigo de confiança que tem um relacionamento maduro com Cristo para o ajudar a ser responsável pela forma como fala. Reúna-se com esta pessoa regularmente para discutir abertamente o seu processo de superação da profanação e orem juntos para continuar a crescer.
7. Ore pelas pessoas que feriu, intencionalmente ou inadvertidamente, por dizer palavrões. Também ore pelas pessoas que o magoaram no passado através de palavras negativas. Perdoai-lhes e peça a Deus para deixá-los ter consciência da Sua presença amorosa.
8. Seja ousado no confronto com pessoas que falam palavrões na sua presença. Lembre-se que as consequências de ouvir superam o constrangimento de tomar uma posição contra a negatividade. Os sentimentos do falante podem ser temporariamente feridos, mas você estará a ajudar a pessoa mais do que a ferir.

Fontes:1. www.msnbc.msn.com/id/29681795
2. www.surveys.ap.org/data/Ipsos/national/2006/2006-03-28%20AP%20Profanity%20topline.pdf
3. www.msnbc.msn.com/id/29681795
4. Ibid.
5. www.nocussing.com
Artigo escrito por Whitney von Lake Hopler, publicado na revista “Adventist Review”, edição de Jun/2010.