29 de junho de 2010

A OBEDIÊNCIA DA FÉ

“O campo da acção da fé começa onde as possibilidades cessam e onde a vista e a percepção falham.” George Muler.
“A fé que opera por amor e purifica a alma não achava lugar na união com a religião dos fariseus, feita de cerimonialismo e injunções humanas.” Actos dos Apóstolos, p. 15.
1. O que ordenou o Senhor a Abraão?“Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Partiu, pois Abrão, como o Senhor lhe ordenara, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã.” Génesis 12:1,4.
Nota: “Sai-te”, daqui em diante Abraão é o herói do livro de Génesis. A palavra (v. 1,2) do Senhor começa com uma ordem, continua com uma promessa e termina com uma bênção. Estes três importantes aspectos caracterizam toda a manifestação de Deus ao homem. As promessas de Deus cumprem-se, as Suas bênçãos cumprem-se e as Suas bênçãos recebem-se, tal só acontece quando os Seus mandamentos são obedecidos.
Está o homem desejoso que estes três requisitos se cumpram?
Em todo o caso Abraão “partiu”, sem argumentar e sem mencionar condições para a sua obediência. Simplesmente “foi”.
2. De que resulta a obediência de Abraão?
“Pela Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.” Hebreus 11:8
Nota: “obedeceu”, creu naquilo que Deus lhe disse e procedeu de acordo no que cria. A sua fé manifestou-se por meio de uma obediência fiel. Abraão não sabia para onde ia, sabia isso sim, que podia confiar nas instruções dadas por Deus.
Está pronto/a a confiar nas instruções de Deus?
3. Que ordem deu o Senhor mais tarde a Abraão?
“Prosseguiu Deus: Toma agora teu filho; o teu único filho, Isaque, a quem amas; vai à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes que te hei de mostrar.” Génesis 22:2
4. Sobre que fundamento foram as anteriores promessas então renovadas a Abraão?“ E disse: Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste isto, e não me negaste teu filho, o teu único filho, que deveras te abençoarei, e grandemente multiplicarei a tua descendência, como as estrelas do céu e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos; e em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz.” Génesis 22:16-18.
Nota: O propósito de um juramento é reafirmar o que antes se afirmou. Os homens invocam Deus para jurar da sua própria honra e integridade. Pela simples razão que não há nada mais alto que Deus (Heb. 6:13), Deus jura por si mesmo (Isaías 45:23; Jeremias 22:5; 49:13). Deus ao comprometer-Se, está a seguir um costume familiar daquele tempo, a razão é convencer da segurança das Suas promessas divinas.
Que significa jurar neste contexto? Reafirmar fidelidade ao prometido.
5. Que habilitou Abraão a resistir à prova?
“Pela fé Abraão, sendo provado, ofereceu Isaque; sim, ia oferecendo o seu unigénito aquele que recebera as promessas.” Hebreus 11:17.
Nota: “sendo provado”, ou submetido à prova. Deus de antemão sabia o que Abraão ia fazer; a prova não era necessária para que Deus soubesse o que faria o patriarca. Mas Abraão necessitava para por essa vicissitude que o colocaria à prova pudesse amadurecer. Esta foi a experiencia máxima na sua vida.
6. Em que declaração da Escritura estava a obediência de Abraão realmente compreendida?“E se cumpriu a escritura que diz: E creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça, e foi chamado amigo de Deus.” Tiago 2:23 (vv. 21,22).
Nota: “amigo de Deus”, era comum entre os judeus (2ª Crónicas 20:7) aplicar este título a Abraão, e continua a ser entre os árabes. A límpida autenticidade da confiança de Abraão em Deus é um exemplo que todos devemos procurar imitar. As boas obras acompanham a fé e demonstram a autenticidade pela qual uma pessoa é justificada. Se não há “obras” é evidente que tampouco existe fé genuína (Tiago 2:17,20).
7. Que espécie de fé é válida para com Deus?“Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão nem a incircuncisão vale coisa alguma; mas sim a fé que opera pelo amor.” Gálatas 5:6.
Nota: A fé que justifica é a fé activa. Aqueles que dizem, e não fazem, não são homens de fé. A obediência que á agradável a Deus é o fruto daquela fé que se apega à Palavra de Deus, e submete-se à operação do Seu poder, com a plena certeza de que o que Ele promete também é capaz de cumprir. É esta a fé que é imputada como justiça.
Nota: A fé autêntica é uma aprendizagem nunca acabada. Jesus é o nosso melhor exemplo: “E achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz.” Também é dito: “Ainda que era o Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.” (Filipenses 2:8; Hebreus 5.8).
Conclusão: “Aprendeu” ou “compreender” (manthanõ). Cristo pode compreender o que significa a obediência, esta provocou-Lhe sofrimento e morte: “tornou-se obediente até à morte, e morte de cruz” (Fil. 2:8). Veio a este mundo para fazer a vontade do Pai e nada o pôde desviar deste propósito. Cristo enfrentou uma luta constante por fazer a vontade do Pai; mas nem uma só vez cedeu à tentação. Como sabe por experiência pessoal o que implica a obediência humana à vontade Divina, pode “socorrer” a todos os que são tentados a desviar-se do caminho da obediência.
Estamos prontos a recorrer a Ele para não fraquejar?

28 de junho de 2010

JESUS CRISTO - O HOMEM PERFEITO

O que vem á vossa mente quando ouvem o nome de Jesus Cristo?
Por que Cristo é tido em tão alta honra? Por que Ele foi considerado um homem perfeito ao viver aqui na Terra?

O Senhor Jesus Cristo não cometeu pecado. Ele foi a grande excepção à regra. Todos os outros seres humanos são pecadores. A Bíblia diz: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” Romanos 3:23. Mas, a vida de Cristo foi sem mácula.

A perfeição moral de Jesus foi indicada por Ele próprio. Os fariseus estavam interessados em condenar a Jesus. Certa vez Ele perguntou aos fariseus: “Quem dentre vós me convence de pecado?” João 8:46.

Esse desafio não foi aceite. Nenhum daqueles Seus inimigos tinham argumentos para O acusar. O Seu viver era irrepreensível. Noutra ocasião Jesus declarou: “Eu faço sempre o que Lhe agrada” - o que agrada a Deus. João 8:29.

Jesus ensinou os Seus seguidores a confessar os pecados e faltas, mas, Ele mesmo nunca confessou pecado. Ao procurar João Batista para receber o batismo, João, que pregava o “baptismo de arrependimento para perdão de pecados”(Marcos 1:4), não quis batizá-Lo .

João Batista disse: “Eu é que preciso ser baptizado por ti, e tu vens a mim?” Mas Jesus insistiu. O Seu baptismo era para exemplo de Seus seguidores, não para a remoção de pecados. Ao compreender isto, João concordou. (Mateus 3: 13-17)

O testemunho dos discípulos é digno de se mencionar. Durante três anos e meio os discípulos viveram com Cristo: Comeram juntos, andaram juntos, trabalharam juntos e dormiram sob o mesmo teto. Nesse longo convívio com o Senhor o Seu verdadeiro caráter ficou sendo conhecido pelos discípulos.

Aqui está o testemunho de um dos três discípulos que Lhe eram mais chegados - Pedro. Falando de como foi pago o nosso resgate, Pedro afirma que não foi com prata ou ouro, “mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo.” I Pedro 1:19.

João, que também fazia parte dos que Lhe eram mais chegados declara: “Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado.” I João 3:5.

Outro testemunho é do apóstolo Paulo, que embora não tivesse convivido com o Senhor Jesus, seu testemunho é muito valioso. Ele teve uma visão do Cristo glorificado, e como os demais apóstolos, escreveu por inspiração do Espírito Santo. Em II Coríntios 5:21, fala de Cristo como Aquele “que não conheceu pecado.”

E Paulo diz mais: Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote, assim como este, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores, e feito mais alto do que os céus.” Hebreus 7:26. Que maravilhoso Salvador o Céu proveu!

Temos também o testemunho dos que não eram amigos de Cristo. Entre os líderes religiosos do Seu tempo, muitos observavam Seus passos para O apanhar em alguma falta. (Marcos 12:13).

Eles acusavam Jesus de blasfêmia, porque perdoava pecados. (Marcos 2: 5-7); acusavam de andar em más companhias, porque recebia pecadores e dava atenção às prostitutas (Mateus 11:19); de violar o dia de repouso, porque apanhou espigas de milho e comeu no sábado, porque estava com fome (Mateus 12:1-4). Mas que mal havia nisso?

Se Jesus perdoava pecados era porque tinha autoridade para faze-lo; se tratava com pecadores, era porque veio salvá-los - precisamente para isto foi que Ele veio ao mundo (Marcos 2:7); e se curava no sábado era porque, como Autor e Senhor do sábado, tinha autoridade para determinar o que é lícito fazer neste dia (Marcos 2:28; Mateus 12;12). Mas, os que não eram amigos de Cristo, não puderam fazer nenhuma acusação contra Cristo.

Para condená-Lo à morte, no final do Seu ministério, eles usaram motivo político e não falta de moral. Mesmo diante da acusação deles, Pôncio Pilatos lhes disse: “. . .não acho nele crime algum.” João 19:4.

Também Herodes não O condenou. (Lucas 23:15). Durante a crucifixão, um dos ladrões, que foram mortos com Ele, disse “. . .este não fez nenhum mal.” Lucas 23:41. E quando Jesus deu o último suspiro, o centurião que executou Sua sentença, disse maravilhado: “Verdadeiramente este homem era justo.” Lucas 23:47.

A perfeição moral de Cristo é o grande alvo do Céu para a vida do homem. A Bíblia declara: “Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” Mateus 5:48.

As Escrituras foram dadas “a fim de que o homem de Deus seja perfeito”. II Timóteo 3:17. Pedro escreveu “. . . o Deus de toda a graça. . . vos há de aperfeiçoar”. I Pedro 5:10. E Paulo, escrevendo aos cristãos em Filipos, disse: “Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento.” Filipenses 3:15.

Mas então, como pode o homem pecador alcançar a perfeição? Pela união do humano com o divino, pelo recebimento de Cristo no coração.

Quando aceitamos Jesus, o divino-humano Salvador cria em nós um novo homem à Sua semelhança; comunica-nos os Seus atributos, Sua perfeição. Paulo escreveu: “. . . a Jesus nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”. Colossenses 1:28.

“Porquanto nele estais aperfeiçoados.” Colossenses 2: 9, 10. Outra versão diz: “É nele que toda a plenitude da natureza de Deus vive incorporada, e na união com ele sois cheios dela.” ( Goodspeed)

No Senhor Jesus Cristo, Deus nos deu o modelo da vida que Lhe agrada, a vida que ele premiará com existência eterna. E essa vida torna-se nossa ao recebermos a Cristo.

Abra o seu coração para receber a Cristo.

26 de junho de 2010

A DIVINDADE DE JESUS EM JOÃO 1:1 E REFUTAÇÃO DA TRADUÇÃO NOVO MUNDO

Ao longo dos séculos, a pessoa de Jesus sempre foi atacada pelo inimigo de Deus. E para tanto, ele se utiliza de vários expedientes. Dentre eles, algumas heresias. E uma delas, é justamente de que Cristo não é Deus em essência. Porém, Cristo não somente é Deus, mas criador - Doador de vida e liberdade. Em geral, as versões bíblicas são concordantes quanto a tradução de João 1:1. Isso fica evidente na igualdade ou similaridade de várias versões ao serem comparadas.
A versão Almeida Revista e Atualizada (ARA) de João Ferreira de Almeida, traz o texto da seguinte forma: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
Já a Nova versão Internacional (NVI) apresenta João 1:1 desta forma: “ No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a .Palavra era Deus”. No entanto, a Tradução Novo Mundo das “Testemunhas de Jeová”, verte o texto desta maneira: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra [um] deus”. Fica clara a intenção das pretensas “Testemunhas de Jeová”, em negar a
divindade de Jesus. Comentando sobre isso, Pedro Apolinário declara:
"João de maneira categórica e inequívoca inicia o Evangelho declarando que Cristo é Deus, sendo esta uma das mais fortes referências da Bíblia, concernente à absoluta Divindade de Cristo, mas apesar desta clareza meridiana este verso é o mais citado pelas Testemunhas de Jeová para negarem a Sua Divindade. ‘o Verbo tinha a mesma natureza de Deus’”.  Entretanto, as “Testemunhas de Jeová”, afirmam que quando aparece o artigo Ho Theós antes, refere-se a Jeová, enquanto que sem o artigo, se refere apenas a um deus inferior, rebaixado “à categoria dos deuses pagãos representados por ídolos”.
Apolinário apresenta três razões pelas quais não se pode aceitar a tradução de João 1:1 feita pelas “Testemunhas de Jeová”:
1) Apresentando “um segundo Deus” introduzem o politeísmo no monoteísmo bíblico;
2) Ninguém, entre os profundos conhecedores da língua grega, sanciona a tradução feita pela torre de vigia;
3) Consultando as grandes traduções da Bíblia, verificamos que esta distorção não aparece.
Para defenderem as suas teses, “as Testemunhas de Jeová”, “chegam a valer-se do condenável recurso da elipse (citação propositadamente incompleta, dando sentido alheio às intenções do autor)”.
Arnaldo B. Christianini, comentando acerca da regra da sintaxe grega, afirma que “no grego o predicado geralmente dispensa o artigo, porém, o sujeito quase sempre o tem. E quando um nome está em relação predicativa  com outro nome, o nome que representa o predicado não leva o artigo”. Ele também mostra de uma forma exaustiva, declarações de renomados gramáticos e cultores do grego, que apóiam seu argumento, como por exemplo, William H. Davis, que diz:
“Observe-se que o sujeito diferencia-se do predicado sempre que o sujeito leva o artigo e o predicado não leva. Exemplo: ágape estin o Theos. Deus é amor. Neste caso, ágape é predicado porque não leva o artigo, ao passo que Theos o leva”.
Outro famoso gramático grego, é o professor J. W. White, que define com muita autoridade a regra da sintaxe do artigo ao concluir que "um adjetivo, quer preceda o artigo, quer venha depois do substantivo sem tomar artigo, é sempre predicado adjetivo”.  O professor J. White menciona também, o erro do “Diaglotão Enfático” ao traduzir João 1:1:
...B. Wilson, autor do “Diaglotão Enfático” cometeu erro crasso em traduzir “Kai Theós én hó Logos” por “e um deus era o Verbo”. Por quê? Já o dissemos e repetimos: Theós (Deus) é predicado adjetivo, vindo antes do artigo “hó”. O sujeito é “Logos”. Daqui não há como fugir. O correto é “e o Verbo era Deus”.
Se não bastasse a infundada posição das “Testemunhas” quanto a regra da sintaxe do artigo, eles também apresentam fortes contradições e incoerências nas suas traduções. Eis alguns textos que deveriam ser vertidos como “um deus” caso fossem coerentes, uma vez que o artigo definido não aparece ante destas palavras:
“Mateus 5:9 – Chamados filhos de um Deus.
Lucas 1:35 – Filho de um Deus.
Lucas 1:78 - Compaixão de nosso um Deus.
João 1:6 – Enviado por um Deus”.
É evidente que as “Testemunhas” manipulam a gramática grega a seu bel prazer, para tentar apoiar seus falso argumentos. Como foi visto até aqui, não há nenhuma base escriturística ou lógica, para que as “Testemunhas de Jeová”
considerem Jesus Cristo como “um deus” criado e inferior a Deus Pai. Tal afirmativa é inconseqüente, e deve ter sua origem na pessoa de “Orígenes – o precursor do arianismo, que fazia diferença entre Théos e O Théos de João. Cristo é Théos, enquanto Deus o Pai é O Théos”. [20]
Portanto, não merece crédito a Tradução novo mundo de João 1:1. O apóstolo João nos adverte quanto aos falsos profetas:
“Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falso profetas têm saído pelo mundo fora.
Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o anticristo, a respeito de qual tendes ouvido que vem e, presentemente já está no mundo” (I João 4:1-3).
Além do mais, como povo de Deus, nós temos o Espírito de Profecia (Ap. 19:10), como uma luz menor a nos guiar para a luz maior. A respeito da divindade de Cristo, Ellen G. White declara que “o Senhor Jesus Cristo, o divino filho de deus, existia desde a eternidade, uma pessoa distinta mas um com o Pai”. [21] Ela também afirma que “em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada. [22] ‘Quem tem o filho tem a vida’. A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente”. [23] Veja outra clara declaração do Espírito de Profecia confirmando a divindade de Cristo:
“A única forma como a raça caída poderia ser restabelecida era pelo dom de Seu filho, igual a Ele mesmo, possuindo os atributos de Deus. Embora fosse exaltado tão altamente, Cristo consentiu em assumir a natureza humana, a fim de trabalhar no interesse do homem e reconciliar com Deus Seus súditos desleais”. [24]
Concluímos, ratificando que Cristo era, é e sempre será essencialmente Deus, e no sentido mais elevado.
“Pois, nele, foram criadas todas as cousas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as cousas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as cousas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as cousas, quer sobre a terra, quer nos céus”, (Colossenses 1:16-20).
Cristo estava com Deus por toda a eternidade, Deus sobre tudo, bendito seja eternamente. LOUVADO SEJA O NOSSO SENHOR, SALVADOR E DEUS JESUS CRISTO, AMÉM!

BIBLIOGRAFIA:
João Ferreira de Almeida, Bíblia Revista e atualizada (Barueri, SP: Sociedade bíblica do Brasil, 1993). A versão católica Bíblia de Jerusalém, traduz tal qual a ARA e acrescenta que, “o A.T. conhecia o tema da Palavra de Deus e o da Sabedoria existindo em Deus, antes do mundo”, através de quem tudo foi criado; enviada à terra para revelar os segredos da vontade divina. “Igualmente para São João (13, 3; 16, 28), o Verbo estava com Deus, preexistente (1, 1. 2; 8, 24+; 10, 30+); ele veio ao mundo (1, 9-14; 3, 19; 9, 39; 12, 46; Cf Mc 1, 38+), enviado pelo Pai (3,17. 34; 5, 36; 11, 42; 17, 3.25; Cf Lc 4, 43), para aí realizar uma missão (4, 34+), a saber: transmitir ao mundo a mensagem da salvação (3, 11+; 1, 33+); terminada a missão ele volta para o Pai”, A Bíblia de Jerusalém (São Paulo: Paulus, 1985).
O Novo Testamento, Nova Versão Internacional (NVI) (São Paulo: Sociedade bíblica internacional, 1993). Porém, a NVI mostra na nota de rodapé que o termo para Palavra, tem a possibilidade de ser traduzido como Verbo.
A versão inglesa King James, está em concordância com a NVI, ao traduzir o texto em questão assim: “In the beginning was the Word, and the Word was whit God, and the Word was God”, Holy Bible King James Version (New Yorque: Cambridge University Press, s/d). Ver também: La Bíblia Latinoamerica (Madrid, Espanã: Editorial Verbo Divino, 1995).
Tradução do novo mundo das Escrituras Sagradas (Cesário Lange, SP: Sociedade torre de vigia de Bíblias e tratados, 1996). Na língua portuguesa, a Tradução ecumênica da Bíblia (TEB) traduz João 1:1 numa linguagem mais atual: “No inicio era o Verbo, e o Verbo estava voltado para Deus, e o Verbo era Deus”, Tradução ecumênica da Bíblia (São Paulo: Edições Loyola, 1994). Embora não seja uma das melhores traduções para o texto, a versão menciona que o Verbo “é chamado de Deus”, e também está em “perfeita comunhão com ele, como o evangelista há de empenhar-se em demonstrar (5, 17-30)”, portanto, é aceita a divindade de Jesus.
Pedro Apolinário, As testemunhas de Jeová e sua interpretação da Bíblia (São Paulo: Depto gráfico, Instituto Adventista de Ensino, 1986), 166. O autor apresenta ainda, a síntese de Willian Barclay, em New Testament Words, 188, sobre o estudo do “Logos” em João, onde Barclay afirma: “Chamando a Jesus de Logos, João afirmou duas coisas sobre Ele: 1) Jesus é o poder Criador de Deus vindo para os homens. 2) Jesus é o pensamento de deus encarnado”.
 Dr. Robertson ‘entre antigos escritores O THEOS era empregado para designar a religião absoluta distinguindo-a dos deuses mitológicos’, [as testemunhas] deixam propositadamente de citar a sentença seguinte em que o Dr. Robertson diz ‘no novo testamento, contudo, embora tenhamos PROS TON THEON (S. João 1:1, 2) é muitíssimo mais comum encontrarmos simplesmente THEOS, especialmente nas Epístolas”, Christianini, 41-42
Apolinário, 170-171. “Em S. Mateus 4:4 traduziram ‘da boca de Jeová. Mas nesta passagem NÃO HÁ o artigo antes da palavra Deus. E o pior foi em Atos 13:2 onde se diz: ‘servindo eles ao Senhor’ (isto é a Cristo), traduziram erradamente: ‘ministravam publicamente a Jeová. Também no verso 12, ‘doutrina do Senhor’ (isto é, Jesus) traduziram por ‘ensino de Jeová’”, Christianini, 48.

24 de junho de 2010

DEUS, O FILHO

Quem é Jesus? Quando você ouve o nome de Jesus, você pensa em Deus? Ele é Deus? Hoje trataremos sobre o Deus Filho.

Nossa esperança de salvação se centraliza exclusivamente em Jesus. O termo pelo qual Ele é conhecido, o Filho de Deus, reflete o Seu lugar no plano da salvação, função esta determinada antes da criação do mundo.

Antes de Sua encarnação Ele existia como Deus, desde a eternidade, no sentido mais completo e elevado. Ele é Deus em natureza, em poder, e em autoridade. (S. João 1: 1 e 2; 17:5 e 24; Fil 2: 6)

Cristo é o Criador de todas as coisas (João 1:3; Col 1: 16 e 17; Hebreus 1: 2). E mesmo depois que Adão e Eva pecaram, Cristo manteve contato íntimo e constante com o mundo.

Ele é o membro da Trindade que ficou encarregado de se identificar conosco. Veja o que diz Filipenses 2:5-8: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se humilhou, tornando-Se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a sim mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.”

Através d´Ele o caráter de Deus é revelado aos seres humanos caídos, a salvação da humanidade é efetuada, e o mundo julgado. (S. João 5:24-29).

Sendo verdadeiramente Deus para sempre, Cristo se tornou verdadeiramente e totalmente homem.
Centenas de anos antes que Ele nascesse, os profetas predisseram o Seu nascimento virginal e o local onde deveria nascer - Belém. (Isa 7:14; Miquéias 5:2)

Concebido do Espírito Santo e nascido da virgem Maria, Ele se criou na vila montanhosa de Nazaré da Galiléia. Durante a Sua vida na Terra Jesus viveu e sofreu tentações como ser humano, mas jamais pecou, exemplificando perfeitamente a justiça e o amor de Deus e deixando-nos um exemplo perfeito a ser seguido. (Heb 2:16-18; I Ped 2:21 e 22)

Cristo viveu de modo simples e altruísta. Enquanto criança e jovem, Ele trabalhou na carpintaria em Nazaré, sempre Se demonstrando amável e interessado nos outros.

Quando tinha cerca de trinta anos, João Batista O batizou por imersão no rio Jordão. Ele não foi batizado a fim de ser purificado dos pecados, pois jamais pecara, mas foi batizado para “cumprir toda a justiça”.

Através do batismo Ele se identificou com os pecadores, dando os passos que nós devemos dar, e fazendo o que nós devemos fazer.

Quando Jesus foi batizado, o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma visível, como pomba, e a voz de Deus, dos céus, pronunciou as palavras: “Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo”. Mateus 3:17

Após este evento Jesus dedicou cerca de três anos e meio ao Seu ministério amorável e altruísta, procurando levar a mensagem do evangelho a ricos e pobres, a judeus e gentios.

Por meio de milagres, inclusive milagres de cura e ressurreição dos mortos, Jesus manifestou o poder e o amoroso interesse de Deus, e provou ser o prometido Messias.

Seus ensinos eram incomparáveis em sua simplicidade e poder para mudar corações e vidas. Até mesmo os guardas enviados para prendê-Lo, a certa altura de Seu ministério, foram incapazes de fazê-lo por terem ficado impressionados com o poder e sensatez de Seus ensinos.

Ao serem indagados quanto à razão de não O terem aprisionado, puderam apenas responder: “Jamais alguém falou como este homem.” João 7:46

Antes da fundação do mundo Deus havia elaborado um plano para enfrentar a possibilidade do surgimento do pecado na Terra. Por intermédio da morte de Cristo, aqueles que O aceitassem, se tornariam de novo filhos de Deus e herdariam a vida eterna.

Quando Jesus estava prestes a iniciar Seu ministério, João Batista apontou-O como “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. João 1:29

Jesus concluiu Seu abnegado ministério com sacrifício supremo - dando Sua vida para prover aos homens um meio de escape do pecado e suas consequências.

Jesus sofreu e morreu voluntariamente na cruz do Calvário, por nossos pecados e em nosso lugar. Mas a morte e a sepultura não puderam reter o Criador.

Ele ressuscitou dos mortos e ascendeu aos Céus após aparecer várias vezes aos Seus discípulos e comissioná-los a levar avante a pregação do evangelho, que Ele havia começado durante Seu breve ministério.

Ele não abandonou ou esqueceu o Seu povo na Terra ao ascender ao Céu, mas iniciou um novo ministério em nosso favor no santuário celestial - um ministério de intercessão e preparação de Seu povo para ocupar um lugar no reino que Ele planeia restaurar na Terra.

Cristo virá novamente, em breve, em nuvens de glória, acompanhado dos Seus anjos, para o livramento final de Seu povo e a restauração de tudo o que se perdeu por causa do pecado.

O centro de convergência da Bíblia é Jesus Cristo. O mosso amor por Cristo deve nos motivar a obedecer aos Seus mandamentos, seguir o Seu exemplo, e a Ele sujeitar a nossa vida, para que Ele possa viver por Seu Espírito em nós.

Deixe Jesus, o Deus filho viver em você.

21 de junho de 2010

COMO É DEUS

Todos nós procuramos imaginar como é Aquele que está ao leme da nave cósmica, Aquele que fez os mundos e mantém as estrelas nas suas órbitas e sabe até mesmo quando um pardal cai. Como é Deus? Você sabe? Alguém pode saber? Ou Deus é um mistério tão hermético que está para além do que o ser humano possa imaginar? Como adorar, amar e confiar num mistério, num estranho que você não conhece? É esse o seu dilema?

Muitas ideias sobre Deus são difundidas hoje em dia. Algumas verdadeiras e algumas inventadas. Será possível que não lhe tenham dito a verdade sobre Deus? Talvez você deva conhecê-la.
Já reparou quão depressa os problemas da vida diminuem de tamanho quando olhamos para as estrelas numa noite clara? Harry Golden escreveu uma peça com o título "Por que eu nunca recrimino uma empregada de mesa." Ele diz: "Eu tenho uma norma contra registar queixas num restaurante." Por que? Porque ele sabe que existem pelo menos quatro biliões de sóis na Via Láctea, que é apenas uma galáxia. Ele prossegue descrevendo os incalculáveis números, as velocidades incríveis, as incompreensíveis distâncias no grande cosmos que revolve sobre nossa cabeça. Aí ele lembra que, mesmo dentro do alcance de nossos maiores telescópios existem pelo menos cem milhões de galáxias separadas, iguais à nossa Via Láctea. E que, quanto mais avançarmos no espaço com os telescópios, mais espessas tornam-se as galáxias.
E ele conclui: "Quando você pensa em tudo isso, chega a ser tolice importar-se pelo fato de a garçonete ter trazido um prato de feijão em vez de uma laranja."
Oh! Sim, o céu à noite pode fazer nossos problemas parecerem bastante triviais. E nós também. E quanto ao Deus que está lá em cima guiando todas essas estrelas? De que jeito Ele é? Ele sabe que estamos aqui? Ele Se importa com o que acontece connosco? O que Ele está pensando quando olha para baixo lá do topo do céu?
Por mais que possamos dizer ou descrever, por mais que possamos expressar, por mais que tentemos disfarçar, esta é a grande pergunta em nossa mente. Como é Deus? O que pensa Ele com relação a este planeta pecador?

Tom Branden, no seu delicioso livro "Oito é Demais", fala sobre a ocasião em que ficou tão frustrado com a sua família de adolescentes imprevisíveis, que simplesmente desistiu de ser pai. Temporariamente, é claro. Mas Deus alguma vez Se sentiu assim? Será que Ele fica cansado com a nossa indiferença, esgotado com a nossa rebelião, frustrado com as nossas tolas fugas, que sente vontade de desistir da Sua função? E se Ele nos abandonasse qualquer dia desses e nos deixasse girando sozinhos para a destruição? E se Ele já fez isso? Precisamos saber, porque, como podemos confiar num Deus que não conhecemos, num Deus estranho para nós? Como podemos enfrentar o futuro com alguma paz de espírito?

Por mais surpreendente que possa parecer, lemos o seguinte no livro de Job, provavelmente o primeiro livro da Bíblia a ser escrito. Job 22:21: "Une-te pois a ele, e tem paz, e assim te sobrevirá o bem."
O que você acha disso? O único modo de encontrar paz de espírito é unindo-se a Deus, para saber como Ele é.

Milhões hoje estão buscando desesperadamente paz de espírito; estão se voltando para a astrologia, para as religiões orientais, qualquer lugar, toda parte. Evidentemente, entretanto, se eles se unissem a Deus, encerrariam suas buscas. Mas você diz: Pastor Vandeman, eu pensei que não poderíamos entender a Deus. A Bíblia não diz que as coisas secretas pertencem a Ele?

Sim ela diz, mas vamos ler essa passagem em Deuteronómio 29:29, que diz: "As coisas encobertas são para o Senhor nosso Deus; porém as reveladas são para"...observe... para quem?..."para nós e para nossos filhos."

Sim, algumas coisas sobre Deus são mantidas em segredo, não são para nós entendermos. Mas muitas coisas sobre Deus são reveladas. É possível que não tenhamos nos preocupado com as coisas que são reveladas, com as coisas que nos dizem como é Deus? Será que dispensamos a revelação, junto com o mistério? É verdade que muita coisa sobre Deus é um mistério, mas seria Ele Deus, se pudéssemos trazê-Lo a nosso nível, se pudéssemos colocá-Lo dentro da caixinha do nosso cérebro?

Veja, amigo, se você pode ler um livro de física e entender tudo nele, é razoável concluir que sua compreensão do assunto está à altura do físico que o escreveu? Se pudéssemos entender tudo sobre Deus, se pudéssemos entender tudo na Bíblia, se nossa mente pudesse captar tudo, então como poderia Deus ser superior a nós? Queremos um Deus com nossa estatura? Poderíamos confiar em um Deus com a mesma sabedoria nossa? Isto não é um pouco ridículo para mentes que Deus criou, colocá-Lo em julgamento e rejeitá-Lo por não conseguirmos entender tudo sobre Ele?

Vemos o fogo em um trovão e chamamos de electricidade; mas não entendemos. Não entendemos como as nuvens recebem aquelas cargas. Nem mesmo entendemos como um ovo de passarinho choca. Então, seria alguma surpresa que muita coisa sobre Deus seja um mistério? Seria surpresa nós não conseguirmos entender como Deus já existia antes de todas as coisas, como Deus pode ser três pessoas e ao mesmo tempo uma pessoa, ou como o Filho de Deus pode ter vindo à terra e nascido de uma virgem?

Ouçam, o amor e a fé fazem par com o mistério. A razão não tem que deixar de existir. Ela pode ajoelhar-se em reverência perante aquilo que ela não entende.

Oh, amigo, precisamos descer de nosso pedestal e parar de tentar trazer Deus para nosso nível, onde podemos manipulá-Lo. Precisamos parar de nos preocupar com o mistério e encontrar paz de espírito no que a Bíblia nos revela sobre Deus.

Infelizmente, o que Deus nos tem dito sobre Si mesmo tem sido embaçado e tornado confuso pelos termos teológicos que nos afastam com medo. Palavras como omnisciente, omnipotente, omnipresente e imutável. Mas você sabe de uma coisa? Essas palavras não têm a finalidade de nos assustar. Essas palavras, se nós as traduzirmos para termos simples que possamos entender, nos dariam uma tremenda paz de espírito. Por exemplo: a primeira palavra que eu mencionei: OMNIPOTENTE. Isso apenas quer dizer que Deus é Todo-Poderoso, que tem todo o poder. Não existe nenhum poder, nenhum grau de poder que Deus não tenha. Deus disse de modo simples quando disse a Jeremias. (Jeremias 32:27). Deixemos a palavra de Deus falar. Ela esclarecerá muitas coisas. "Eis que eu sou o Senhor, o Deus de todos os viventes; acaso haveria coisa demasiadamente maravilhosa para mim?"

Nada é demasiadamente maravilhoso para Deus. Você não gosta disso? Não lhe traz paz de espírito saber que Deus não vai deparar com nada que não possa resolver no universo ou em sua vida pessoal? Se Ele pôde criar o mundo, Ele deve ser capaz de resolver tudo o que possa surgir em sua vida ou na minha, você não acha?

Dizem-nos que Deus é OMNISCIENTE. Não deixe que isso assuste você. Só quer dizer que Deus sabe tudo. Ele conhece tudo. Até mesmo o próprio futuro. Isaías 46:9 e 10. Que confiança! Vejam: "... eu sou Deus e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam."

Isso não lhe dá paz de espírito? Isso não lhe dá confiança? Deus sabe tudo sobre o futuro. Se houver alguma coisa no futuro que precisamos saber, Ele nos dirá. Sabemos disso porque Ele disse àquele profeta menor do Antigo Testamento chamado Amós. Capítulo 3:7: "Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas."

E por que ele diz aos profetas? Para que eles digam a nós.
Bem, existe a IMUTABILIDADE de Deus. Esta palavra simplesmente quer dizer que Deus não muda. Ele será sempre o mesmo. Ele não pode mudar para melhor porque já é perfeitamente santo, perfeitamente justo e perfeitamente bom. E Ele não poderia mudar para pior, porque se o fizesse deixaria de ser Deus. Diz Deus em Malaquias 3:6: "Porque eu, o Senhor, não mudo."

Lemos também em Hebreus 13:8. A Bíblia está repleta disso. Viu só? Nós só precisamos estudá-la mais. Jesus Cristo é "o mesmo ontem, hoje e eternamente."
NNão é maravilhoso? Você alguma vez já imaginou o que havia por trás destas palavras difíceis? Deus nunca muda, Ele não é susceptível a mau humor. Ele não se compromete. Ele nunca é levado ou persuadido a fazer uma coisa imprudente. Não temos que nos preocupar em como Ele estará amanhã.

Então dizemos que Deus é OMNIPRESENTE. Omnipresente, e isso é claro, significa que Deus, por Seu Espírito, está em todos os lugares ao mesmo tempo. Jesus disse, e está registrado em Mateus 28:20: "... e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos."

Você não gosta disso? Nunca está sozinho. Deus está ali do nosso lado quando precisamos dEle. Não temos que ser incluídos na lista de espera. Sabemos como elas são. Não somos colocados de lado porque Ele saiu para cuidar de uma galáxia em algum lugar. Não caímos de joelhos em uma emergência para descobrir que Ele tem dezassete mil pessoas na frente para serem atendidas. Não! Ele está sempre com você, dando total atenção, como se você fosse a única pessoa a existir. Não consegue entender isso? Bem, nem eu, mas graças a Deus por isso. O que me diz?

Bem, agora chegamos ao que parece ser a mais simples de todas as declarações sobre Deus. O apóstolo João diz em três palavras. I João 4:8: "Deus é amor."

A mais simples de todas? Não, a mais complexa de todas, a mais difícil de entender. João não disse: "Deus é amoroso." Muitas pessoas podem ser amorosas. Ele não disse: "Deus exercita o amor." Muitas pessoas fazem isso, às vezes. Ele disse: "Deus é amor." Amor no absoluto. Não existe nenhum outro assim, tão amoroso. Seria impossível ser mais amoroso.
Você já notou que cada um desses atributos de Deus, dessas características de Deus está no absoluto? Poder absoluto, sabedoria absoluta, amor absoluto. Tão poderoso que seria impossível ter mais poder. Tão sábio que seria impossível ser mais sábio. Tão amoroso que seria impossível ter mais amor. Percebe o que isso quer dizer? Se Ele tem poder absoluto, sabedoria absoluta e amor absoluto, então nós temos segurança absoluta ao confiarmos nEle. O apóstolo Paulo diz o que está registrado em Romanos 8:28: "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus..."

O que temos a temer? Sabemos que Deus pode nos conduzir, por mais misterioso que possa parecer no momento, por mais difícil que possa ser de entender, podemos ter total confiança em Sua direcção. Deus nunca comente um erro. Se o que Ele faz por nós é a coisa mais amorosa possível, o que mais podemos querer? Pense sobre isto assim: Por Deus ser Todo-Amoroso, Ele quer que tenhamos o melhor. Por Ele ser Todo-Sábio, Ele sabe o que é melhor. E por Ele ser Todo-Poderoso, Ele é capaz de realizar isso.

Deus é amor. Levará toda a eternidade para se entender um Deus assim, mas é preciso apenas um momento para confiar nEle. É preciso apenas um momento para descobrir a paz de espírito que advém quando apenas começamos a conhecê-Lo.

O homem, por sua rebelião, separou-se de Deus. O feliz relacionamento foi quebrado. Deus queria restaurá-lo. Século após século Ele tentou. Mas como os homens iriam entender como era Deus? Palavras e mensagens através dos profetas e anjos não eram suficientes. Assim, Deus mandou Jesus mostrar como é Deus. Por isso é que Ele veio. Veja-O andando vila após vila, curando todos os enfermos. Ouça-O dizendo à mulher, cujos acusadores a haviam arrastado até Sua presença: "Eu também não te condeno. Vai e não peques mais." Veja-O fazendo uma longa viagem porque sabe que uma mulher de uma nação estrangeira queria que sua filha fosse curada. Veja Jesus alimentando as pessoas que tinham fome. Maravilhe-se com Sua paciência com os doze homens que queriam, todos eles, ser os maiores. Fique embevecido ao vê-Lo lavando os pés daquele que iria traí-Lo. Veja-O orando no jardim, esmagado com o peso de um mundo culpado. Veja-O tentado a chamar legiões de anjos para retirá-Lo deste planeta hostil. Veja Jesus grandemente tentado a descer da cruz e mostrar a todos quem Ele era. Veja-O finalmente, permanecer lá até o final, até Sua obra estar consumada, porque Ele lembrou-Se de você, lembrou-Se de mim. Assim é Deus.

Amigo, você entende um pouquinho mais a respeito de Deus após estes breves momentos? Nenhum outro conhecimento nos traz tamanha paz de espírito.

Um professor, no fim do ano lectivo, na prova final, fez esta última pergunta: "Diga uma coisa, do que você aprendeu este ano, o que permanecerá na sua mente nos próximos cinco anos?" Um jovem estudante respondeu a esta pergunta com uma única palavra: "Você!"

Bem, um dia, muito breve, todos enfrentaremos a prova final. E se Deus nos perguntar: "Diga uma coisa: o que aprenderam que permanecerá com vocês para sempre?" Espero que cada um de nós responda: "Tu, Senhor! Tu, Senhor!"

18 de junho de 2010

A EXISTÊNCIA DE DEUS

O fato da existência de Deus é tanto o ponto de partida lógico como o escriturístico de um estudo sistemático da doutrina da Bíblia. É o ponto de partida lógico porque o fato da existência de Deus supõe-se a todas as outras doutrinas da Bíblia. Sem a existência de Deus todas as outras doutrinas da Bíblia seriam sem sentido. É o ponto de partida escriturístico porque disso nos capacita o primeiro verso da Bíblia.
I. A existência de Deus está assumida na Bíblia.
A Bíblia principia por assumir e declarar a existência de Deus sem empreender prová-la. Isto é um fato digno de nota. Ao comentá-lo, diz J. M. Pendleton em "Christian Doctrines": "Moisés, sob inspiração divina, teve, sem dúvida, as melhores boas razões para o curso adotado por Moisés; a saber:
O autor crê que isto é verdade e crê que há pelo menos três razões para o curso adotado por Moisés; a saber:
1. ISRAEL, EM CUJO BENEFÍCIO MOISÉS ESCREVEU PRIMÁRIAMENTE, JÁ CRIA EM DEUS
Daí, o propósito de Moisés, que foi mais prático que teológico, não erigiu uma discussão de provas da existência de Deus.
2. AS EVIDÊNCIAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS SÃO VISÍVEIS E VIGOROSAS
Assim, foi necessário, mesmo para a raça humana como um todo, que um discurso prático tratasse das evidências da existência de Deus. Mas o nosso estudo é teológico bem como prático; logo, é-nos oportuno notar estas evidências visíveis e vigorosas. Elas nos vêem da:
(1) Criação Inanimada
A. A matéria não é eterna e, portanto deve ter sido criada.
George McCready Price, autor de "Fundamentals of Geology" e outros livros científicos, diz: "Os fatos da radioactividade proíbem muito positivamente a eternidade passada da matéria. Daí, a conclusão é silogística: a matéria deve ter-se originado ao mesmo tempo no passado..." (Q. E. D., pág. 30). O Professor Edward Clodd diz que "tudo aponta para uma duração finita da criação atual" (Story of Creation, pág. 137). "Que a forma presente do universo não é eterna no passado, mas começou a ser, atesta-nos não só a observação pessoal senão também o testemunho da geologia" (A. H. Strong Sistematic Theology, pág. 40).
B. A matéria deve ter sido criada por outro processo que não os naturais; logo, a evidência de um criador pessoal.
Diz o Prof. Price.: "Há uma ambiguidade de evidência. Tanto quanto a ciência moderna pode lançar luz sobre a questão, deve ter havido uma criação real dos materiais de que se compõe o nosso mundo, uma criação inteiramente diferente de qualquer processo agora em voga, tanto em qualidade como em grau". (Q. E. D. pág. 25). A origem das coisas não se pode computar sobre uma base naturalística. Buscando assim fazer, Darwin foi obrigado a dizer: "Estou num lamaçal desesperado." Alguém podia falar tanto de livros serem escritos pelas leis da soletração e da gramática como do universo ser feito pela operação de mera lei.
Assim está a Bíblia de inteiro acordo com os achados da ciência moderna quando ela declara: "No princípio Deus criou os céus e a terra." (Génesis 1:1).
(2) Criação Animada
A. A Matéria viva não pode provir da não-viva.
Escrevendo no "London Times", disse Lord Kelvin: "Há quarenta anos perguntei a Liebig, andando nalgum lugar pelo campo, se ele acreditava que o capim e as flores que víamos ao nosso redor cresciam por meras forças químicas". Ele respondeu: "Não mais do que eu podia crer que um livro de botânica que as descrevesse pudesse crescer por meras forças químicas". Numa preleção perante o Instituto Real de Londres, Tyndall afirmou candidamente os resultados de oito meses de árduos experiências como segue: "Do princípio ao fim do inquérito não há, como vistes, uma soma de evidência a favor da doutrina de geração espontânea... Na mais baixa como na mais elevada das criaturas organizadas o método da natureza é: que a vida será o produto de vida antecedente". O Professor Conn diz: "Não há a mais leve evidência de que a matéria viva possa surgir da matéria morta. A geração espontânea está universalmente vencida" (Evolution of Today, pág. 26). E o Sr. Huxley foi forçado a admitir: "A doutrina que a vida somente pode vir da vida está vitoriosa em toda a linha" (The Other Side of Evolution, pág. 25).
B. Desde que a matéria não é eterna, a vida física, que envolve a matéria viva, não pode ser eterna.
O fato de a matéria não ser eterna proíbe a suposição que a vida física é o resultado de uma série infinita de gerações. E desde que, como vimos, a matéria não pode provir da não-viva, somos forçados a aceitar o fato de um criador pessoal, não-material.
(3) A Consciência Humana
Para fins práticos, a consciência pode ser definida como a faculdade ou poder humano de aprovar ou condenar suas ações numa base moral. O apóstolo Paulo, um dos maiores eruditos do seu tempo, afirmou que os pagãos, que não tinham ouvido de Deus ou de Sua lei, mostravam "a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e seus pensamentos, ora acusando-se, ora defendendo-se" (Romanos 2:15). Paulo assim afirmou de homens que não aprenderam de um padrão moral autorizado e tinham um senso comum do direito e do errado. Eruditos modernos nos dizem que os povos mais rudimentares da terra têm consciência.
Não se pode dizer, portanto, que o homem tem consciência por causa dos ensinos morais que ele recebeu. Não se pode duvidar que a instrução moral aguça a consciência e faz sua sensibilidade mais pungente; mas a presença da consciência no pagão ignorante mostra que a educação moral não produz consciência.
A consciência, então, nos capacita da existência da lei. A existência da lei implica a existência de um legislador; logo a consciência humana atesta o fato da existência de Deus.
(4) Ordem, Desígnio e Adaptação no Universo,
Ordem, desígnio e adaptação permeiam o universo. "Desde que a ordem e a colocação útil permeiam o universo, deve existir uma inteligência adequada para dirigir esta colocação a fins úteis" (Strong, Systematic Theology, pág. 42).
Vemos ordem maravilhosa nos movimentos dos corpos celestes. Observamos desígnio admirável no fato de o homem respirar ar, tira muito do oxigénio e devolve o ar carregado de dióxido de carbono, que é inútil ao homem. As plantas, por sua vez, tomam o dióxido de carbono, um alimento essencial da planta, do ar, e deitam oxigénio. Temos admirável adaptação no ajuste do homem para viver sobre a terra e no ajuste da terra para lugar de habitação do homem.
Tudo disto evidencia um criador inteligente. É o suficiente para convencer a quaisquer cujas mentes não estão cegadas pelo preconceito. Alguém podia crer do mesmo modo que é por acidente que os rios nos países civilizados banham povoações e cidades como crer que a ordem, o desígnio e a adaptação no universo são produtos de mero acaso.
(5) A Bíblia
A referência aqui não é ao testemunho da Bíblia concernente à existência de Deus. É ilógico dar a autoridade da Bíblia como prova da existência de Deus, porque a autoridade da Bíblia implica a existência de Deus. Semelhante curso vale por perguntar a pergunta: Mas referimos aqui a:
A. A natureza do conteúdo da Bíblia
Bem falado foi que a Bíblia é um livro tal que o homem não o podia ter escrito, se o quisesse, como não o teria escrito, se pudesse. Ela revela verdades que o homem, deixado a si mesmo nunca podia ter descoberto. Uma discussão mais ampla desta fato virá no próximo capítulo. E, se o homem pudesse, porque escreveria ele um livro que o condena como criatura pecaminosa, falida, rebelde, merecendo a ira de Deus? É da natureza humana condenar-se assim a si mesma?
B. A profecia cumprida
O cumprimento minucioso de dezenas de profecias do Velho Testamento está arquivado em o Novo Testamento, o qual traz a evidência interna de uma história verosímil. O cumprimento da profecia evidencia um ser supremo que inspirou a profecia.
C. A Vida de Jesus
Aceitando o testemunho do Evangelho como possuindo as credenciais de uma história verosímil, vemos em Jesus uma vida singular. Nem a hereditariedade, nem o ambiente, as duas forças naturais na formação do carácter, podem dar conta de Sua vida. Assim temos evidência de um ser divino que habitou Jesus.
D. A Ressurreição de Jesus
A ressurreição de Jesus, como um fato sobrenatural e bem atestado mostra que Ele era divino. Temos assim subsequente evidência de que há um ser divino.
Prova da ressurreição de Jesus. Depois de ouvir uma conversação num trem entre dois homens que discutiam a possibilidade de ser enganado sobre a ressurreição de Jesus, W. E. Fendley, advogado de Mississippi, escreveu um artigo que foi publicado no "Western Recorder" de 9 de Dezembro de 1920. Ele abordou a matéria como advogado e deu as três seguintes razões para negar a plausibilidade da sugestão que o corpo de Jesus foi roubado: (1) "Não era ocasião oportuna para roubar o corpo". O fato que três festas judaicas ocorreram no tempo da crucificação certifica que as ruas de Jerusalém estariam cheias de gente. Por essa razão o Sr. Fendley diz que não era boa ocasião para roubar-se o corpo. (2) "Havia cinco penalidades de morte ligadas ao roubo do corpo e nenhuma delas foi imposta ou executada". As penalidades são dadas como sendo: primeira, por permitir que o selo fosse rompido; segunda, por quebrar o selo; terceira, por roubar o corpo; quarta, por permitir roubar o copo; quinta, por dormir quando em serviço. (3) "Nego outra vez o alegado sobre o fundamento de testemunho premeditado e não premeditado." E então ele mostra como os soldados vieram do sepulcro e disseram que um anjo os expulsara de lá e que, quando questionados pelos fariseus, disseram que o corpo de Jesus fora roubado enquanto eles, soldados, dormiam.
O Sr. Fendley prossegue dando cinco pontos que se devem crer para crer-se neste relatório dos soldados, que são: (1) "Devem crer que sessenta e quatro soldados romanos sob pena de morte dormiram todos de uma vez". (2) "Devem aceitar o testemunho dos dorminhocos". (3) "Devem crer que os discípulos, que estavam tão medrosos, todos de uma vez se tornaram tremendamente ousados". (4) "Outra vez, devem crer que os ladrões tiveram bastante tempo de dobrar as roupas mortuárias e colocá-las cuidadosamente a um lado". (5) "Também devem crer que esses discípulos arriscariam as suas vidas por um impostor defunto, quando o não fizeram por Salvador vivo".
3. O FATO DA EXISTÊNCIA DE DEUS É ACEITO QUASE UNIVERSALMENTE
Isto se dá como a terceira razão que justifica o curso seguido por Moisés em assumir e declarar o fato da existência de Deus sem oferecer quaisquer provas. Os raros que negam a existência de Deus são insignificantes. "As tribos mais baixas tem consciência, temem a morte, crêem em feiticeiras, propiciam ou afugentam maus destinos. Mesmo o fetichista, que a uma pedra ou a uma árvore chama de um deus, mostra que já tem a idéia de Deus" (Strong, Systematic Theology, pág. 31). "A existência de Deus e a vida futura são em toda a parte reconhecidas na África" (Livingstone).
Os homens sentem instintivamente a existência de Deus. Por que, então, alguns a negam? É por causa de falta de evidência? Não, é somente por não lhes agradar este sentimento. Ele os perturba na sua vida pecaminosa. Portanto, conjuram argumentos que erradiquem o pensamento de Deus de suas mentes. Todo ateu e agnóstico lutam, principalmente para convencer-se. Quando eles apresentam os seus argumentos a outrem, é em parte por um desejo de prová-los e em parte em defesa própria, nunca por um sentimento que suas idéias podem ser de qualquer auxílio a outros.
Um ateu é um homem que, por amor ao pecado, ou ao protagonismo, ou ao associativismo, alheia a sua mente e nega a condição de pecador e entra em guerra com o seu coração, a mente assalta o coração e usurpa o sentimento de Deus. O coração contra-ataca e compele a mente a reter o pensamento de Deus. Neste combate a mente, portanto, está constantemente procurando argumentos para usar como munição. Ao passo que descobre esses argumentos, desfere-os contra o coração com o mais alto barulho possível. Esta é a razão porque o ateu gosta de expor o seu pensamento. Está em guerra consigo mesmo e sente alguma confiança quando ele ouve o barulho dos seus canhões.
Há evidências, contudo, de que a mente do ateu nunca está inteiramente vitoriosa sobre o seu coração. Hume disse a um amigo quando andavam numa noite estrelada: "Adão, há um Deus". Shelley, que foi excluído de Oxford por escrever um panfleto sobre a "Necessidade de Ateísmo", deliciou-se em pensar de um belo espírito intelectual permeando o universo. Voltaire, diz-se, orou numa tempestade alpina e, ao morrer, disse: "Ó Deus - se houver um Deus - tem misericórdia de mim". Portanto, pode-se concluir com Calvino: "Os que julgam rectamente concordarão sempre em que há um senso indelével de divindade gravado sobre as mentes dos homens."
Antes de passar adiante, presume-se bom notar as fontes desta crença quase universal na existência de Deus. Há duas fontes desta crença; a saber:
(1) A Tradição.
Cronologicamente, nossa crença em Deus vem da tradição. Recebemos nossas primeiras ideias de Deus de nossos pais. Não há dúvida que isto tem sido verdade de cada sucessiva geração desde o princípio. Mas não basta a tradição para dar conta da aceitação quase universal do fato da existência de Deus. O fato que somente uns poucos repelem esta aceitação (é duvidoso que alguém sempre a rejeite completamente) mostra que há uma confirmação íntima na crença tradicional da existência de Deus. Isto aponta-nos à segunda fonte desta crença, que é:
(2) Intuição.
Logicamente, nossa crença em Deus vem da intuição. Intuição é a percepção imediata da verdade sem um processo cônscio de arrazoamento. Um fato ou verdade assim percebidos chama-se uma intuição. Intuições são "primeiras verdades", sem as quais séria impossível todo pensamento refletivo. As nossas mentes são constituídas de tal modo a envolverem estas "verdades primárias" logo que se apresentem as devidas ocasiões.
A. Prova que a crença quase universal em Deus procede logicamente da intuição e não de argumentos:
(a) A grande maior dos homens nunca tentou arrazoar o fato da existência de Deus, nem são capazes de semelhante arrazoamento, que servisse para lhes fortificar a crença na existência de Deus.
(b) A energia da crença dos homens na existência de Deus não existe em proporção ao desenvolvimento da faculdade pensante, como seria o caso se essa crença fosse primariamente o resultado de arrazoamento.
(c) A razão não pode demonstrar cabalmente o fato da existência de Deus. Em todo o nosso arrazoamento sobre a existência de Deus devemos começar com admissões intuitivas que não podemos demonstrar. Assim, quando os homens aceitam o fato da existência de Deus, aceitam mais do que a exacta razão os levaria a aceitarem.
B. A existência de Deus como "Verdade Primária".
(a) Definição. "Uma verdade primária é um conhecimento que, conquanto desenvolvido em ocasiões de observação e reflexão, delas não se deriva, - um conhecimento, pelo contrário, que tem tal prioridade lógica que deve ser assumido ou suposto para se fazer qualquer observação e reflexão possíveis. Semelhantes verdades não são, portanto, reconhecidas como primeiras em ordem de tempo; algumas delas assentam um tanto tarde no crescimento da mente; pela grande maioria dos homens elas nunca são conscienciosamente formuladas, de modo algum. Contudo, elas constituem a presunção necessária sobre a qual descansa todo outro conhecimento, tendo a mente não só a capacidade inata de envolvê-las logo que se apresentem as devidas ocasiões se não também o reconhecimento delas como inevitável logo que a mente principia a dar a si mesma conta de seu próprio conhecimento" (Strong, Systematic Theology, pág. 30).
(b) Prova. "Os processos do pensamento reflexivo implicam que o universo está fundado na razão e é a expressão dela" (Harris, Philosophic Basic of Theism). "A indução descansa sobre a presunção, como ela exige para seu fundamento, que existe uma divindade pessoal e pensante... Ela não tem sentido ou valia a menos que assumamos estar o universo constituído de tal modo que pressuponha um originador absoluto e incondicional de suas forças e leis... Analisamos os diversos processos do conhecimento nos seus pressupostos e achamos que o dado que se supõe a eles todos é o de uma inteligência auto-existente" (Porter, Human Intellect). "A razão pensa em Deus como existente e ela não seria razão se não pensasse em Deus como existente" (Dorner, Glaubenslehre). É por esta razão que Deus disse na Sua Palavra: "Disse o tolo no seu coração: Não há Deus" (Salmo 14:1). Só um tolo negará a existência de Deus. Alguns tolos tais são educados; alguns sem letra, mas, não obstante, são tolos, porque não tem conhecimento ou ao menos não reconhecem nem mesmo o princípio da sabedoria, o temor do Senhor. Veja Provérbios 1:7.
II. A existência de Deus não é demonstrável matematicamente, contudo, é mais certa do que qualquer conclusão da razão.
1. A EXISTÊNCIA DE DEUS NÃO É DEMONSTRÁVEL MATEMÁTICAMENTE.
A respeito de todos os argumentos a favor do fato da existência de Deus, diz Strong: "Estes argumentos são prováveis, não demonstráveis" (Systematic Theology, pág. 39). Lemos outra vez: "Nem pretendi que a existência, ainda a deste Ser, pode ser demonstrada como demonstramos as verdades abstractas da ciência" (Diman, Theistic Argument, pág. 363). Strong cita Andrew Fuller como questionando "se a argumentação a favor da existência de Deus não tem mais cépticos do que crentes"; e então acrescenta: "Tanto quanto isto é verdade, devido é a uma saciedade de argumentos e à noção exagerada do que se pode esperar deles" (Systematic Theology, pág. 40).
2. A EXISTÊNCIA DE DEUS, CONTUDO, É MAIS CERTA DO QUE QUALQUER CONCLUSÃO DA RAZÃO.
Leia as citações dadas apara mostrar a existência de Deus é uma "verdade primária", uma verdade que está assumida por todos no processo da razão, "O que nega a existência de Deus deve assumir, tacitamente, essa existência no seu próprio argumento, por empregar processos lógicos cuja validade descansa sobre o ato da existência de Deus" (Strong, Systematic Theology, pág. 33). É uma verdade axiomática que aquilo que é o fundamento de toda a razão é mais certo do que qualquer conclusão da razão. "Não podemos provar que Deus é, mas podemos mostrar que, em face de qualquer conhecimento, pensamento, razão do homem, deve o homem assumir que Deus é" (Strong, Systematic Theology, pág. 34).
3. A EXISTÊNCIA DE DEUS NÃO É O ÚNICO FATO QUE NÃO PODE SER DEMONSTRADO MATEMATICAMENTE.
Nenhum homem pode demonstrar a existência do tempo, do espaço, ou a realidade da matéria por um processo estritamente lógico. Não se pode demonstra nem a realidade de sua própria existência. Não podemos provar absolutamente que não é alucinação tudo quanto vemos, ouvimos e sentimos. Todavia, nós nos sentimos certos sobre essas coisas e pouca gente alguma vez pensou em discuti-las. Quem o faz é considerado um energúmeno. O mesmo séria sempre verdade do que questionasse a existência de Deus. Um agnóstico ou um ateu, para serem coerentes, teriam, de assumir a mesma atitude para com toda a verdade cientifica como a que assume para com a existência de Deus; porque todos os ramos da ciência devem confiar nas intuições da mente como o fundamento de toda a observação.
"A gente mais irrazoável do mundo é aquela que no sentido estreito depende unicamente da razão" (Strong). "A crença em Deus não é a conclusão de uma demonstração, mas a solução de um problema" (Strong); e esse problema é o problema da origem do universo. "O universo, como um grande fato, requer uma explanação racional e ... e a explanação que se pode possivelmente dar é essa fornecida na concepção de um tal Ser (como Deus). Nesta conclusão a razão descansa e recusa-se a descansar em qualquer outra" (Diman, Theistic Argument). "Chegamos a uma crença científica na existência de Deus tanto como a qualquer outra verdade humana possível. Assumímo-la como uma hipótese absolutamente necessária para dar conta do fenômeno do universo; então evidência de todos os cantos começa a convergir sobre ela, até que, no processo do tempo, o senso comum da humanidade, cultivado e iluminado pelo conhecimento sempre crescente, pronuncia-se sobre a validade da hipótese com uma voz escassamente menos decidida e universal do que ele o faz no caso de nossas mais elevadas convicções científicas" (Morell, Philosiphic Fragments). Logo, podemos dizer: "Deus é o fato mais certo do conhecimento objetivo" (Bowne, Metaphysics).
III. A existência de Deus, portanto, pode ser tomada por concedida e proclamada ousadamente.
Os fatos precitados deveriam fazer o pregador ousado na sua proclamação do fato da existência de Deus, não temendo de proclamá-la confiadamente aos profanos. Estamos sobre terreno seguro em proclamar esta verdade. Nenhum homem pode logradamente contrariar nossa mensagem.
Vezes há, talvez, quando o pregador no púlpito devera discutir as evidências da existência de Deus; todavia, como uma coisa usual, ele deveria assumi-la e declará-la como Moisés fez. E quando ele trata das evidências da existência de Deus, não as sobrecarregue de modo a deixar a impressão que a validade do fato da existência de Deus depende de uma rigorosa demonstração racional.

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04

________________________________________

16 de junho de 2010

UM SÓ É O VOSSO SENHOR, A SABER CRISTO

Vós, porém, não queirais ser chamados rabi, porque um só é o vosso mestre, a saber, Cristo. A ninguém na terra chameis vosso (no sentido espiritual, a igreja católica tem este ensinamento, padre/pai) pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. porém o maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado. Mt. 23:8-12, João10:7-18; Ez.34:31; 2ªCor.4:15
Aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Gál.6:10; Rm.7:7-25
O senhor disse, de graça recebestes, de graça dai. Mt.10:5-10;  At.20:33-35

Resumo para amar a Deus
1-Não terás outros Deuses diante de mim
2-Não adorarás imagem de escultura feita da mão do homem semelhança alguma
3-Não usarás o santo nome de teu Deus em vão
4-Lembra-te do dia de sábado para o santificar Is.56:6; Êx.31:12-18; Hb.4:4-13; Mt.5:19-20; Pv.3:8 Nm.15:32-36; Ap.14:9-12

Resumo para amar o teu proximo
5-Honra a teu pai e a tua mãe
6-Não matarás
7-Não adulterarás
8-Não roubarás
9-Não dirás falso testemunho contra o teu próximo
10-Não cobiçarás as coisas alheias

Os Dez mandamentos divinos Deut. 5:7-21
Deus não é religião....mas sim o caminho a verdade e a vida....
Ele está mais perto do que a gente imagina....para Ele não existe acepção de pessoas...pois n´Ele vivemos, e nos movemos e existimos, a divisão é causada pelo homem...uma das grandes dádivas ao homem chama-se consciência....está dentro de cada um de nós....não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados; Lc: 6:37
Porque quem julga nos últimos Dias serão estes mandamentos João12:44-50; Tg.2: 8-13
Os mandamentos não salvam ninguém, os salvos em Jesus guardam os Seus mandamentos, o contrário é um não senso.

14 de junho de 2010

O CARÁCTER E OS ATRIBUTOS DE DEUS

“Eu entendo que um homem possa olhar para baixo, para a terra, e ser uma ateu; mas não posso conceber que ele olhe para os céus e diga que não existe Deus.” Abraham Lincoln.
1. Qual é a palavra que melhor define Deus?
R. “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” 1ª João 4:8
Nota: “não ama não conhece a Deus”, ou não chegou a conhecer Deus. É impossível conhecer a Deus e não começar a amar os nossos semelhantes (1ª João 3:10,11). João poderia ter falado que o que não ama não nasceu de Deus, mas prefere destacar o facto de que tal pessoa nem sequer conhece a Deus, e deste modo fica implícito que não nasceu do alto.
Que “Deus é amor” trata-se de uma revelação, pois os seres humanos não poderiam descobrir tal verdade por eles próprios. Esta revelação é de importância suprema para o bem-estar do ser humano. Quando sabemos que Deus é amor, o temor é substituído pela segurança e confiantemente colocamos a nossa vida nas mãos do Pai celestial, Ele cuida de nós (1ª Pedro 5:7).
“Deus é amor”, é uma afirmação de igual importância na compreensão do plano da salvação. Só o amor poderia ter dotado de livre arbítrio as suas criaturas, correndo o risco de participar no sofrimento que o pecado acarretou à Divindade, aos anjos e aos homens. Só o Amor podia ter interesse em ganhar o alegre e voluntario serviço dos que eram livres de seguir o seu próprio caminho.
2. Quais são alguns atributos de Deus?
“Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e benigno em todas as suas obras.” (Salmo 145:17).
3. Ao apregoar o Seu nome a Moisés, como definiu o Senhor o Seu carácter?
“Tendo o SENHOR descido na nuvem, ali esteve junto dele e proclamou o nome do SENHOR. E, passando o SENHOR  por diante dele, clamou: SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade." (Êxodo 34:5-6).
Nota: O nome do Senhor representa o Seu carácter, que segundo a descrição do v.6, consta de três qualidades fundamentais: misericórdia, justiça e verdade.
a) A misericórdia; a nossa relação com Deus se baseia na misericórdia (1ª João 4:7-12).
b) A justiça; a relação de Deus no Sinai não demonstra unicamente justiça, mas também misericórida. A excelsa proclamação da graça no Sinai não anulava a lei nem desvalorizava a justiça de Deus; é antes de tudo uma manifestação da graça e da lei.
c) A verdade; este mesmo carácter imutável de Deus garante ao pecador a esperança da vida eterna. Só se pode ter confiança numa pessoa que é verídica, Deus é totalmente digno de receber a nossa confiança (Sal. 103:8-14; 145:8; Jer. 29:11; 31:3) dado que é “grande” em “verdade”. A verdade está na base do carácter moral; é o oposto da hipocrisia.
Nota: Deus é “cheio de compaixão” (Sal. 86:15). “Deus fiel” (Deut. 7:9). “Deus é grande” (Job 36:5).
4. Para quantos Deus é bom?
“O Senhor é bom para todos, e as Suas misericórdias são sobre todos as Suas obras.” (Sal. 145:9).
5. Por que nos mandou Cristo amar a nossos inimigos?
“Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.” (Mat. 5:44,45).
Nota: “Amai os vossos inimigos” é uma forma verbal que implica respeito. Esta ordem não é do tipo de amor fraterno/calor emotivo. Amar os inimigos com respeito e considerá-los como Deus os considera. Os filhos devem parecer-se ao Pai no carácter. A prova do amor de Deus é o nosso amor ao próximo.
6. Quão perfeitos, disse Cristo, devem ser os Seus seguidores?
“Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus.” (Mat. 5:48).
Conclusão: “Sede vós perfeitos”, sede adultos, maduros, preparados para toda a boa obra. Tender para Deus, um desafio permanente por ter um carácter que reflicta; a) misericórdia; b) justiça; c) verdade. Tendo em vista a santidade como obra de uma vida em progresso.
Tal obra na vida do crente só é possível olhando para Jesus e sendo aperfeiçoados pelos Espírito Santo e começa dando-Lhe a nossa vontade. Todo o crente é chamado a reflectir na vida os atributos de Deus no carácter.

UMA SERPENTE ASTUTA, QUEM ERA?

O assunto de hoje é muito interessante. Antes de continuar convido a fazermos uma oração: “Pai do Céu obrigado por tudo o que temos e vamos aprender. Espírito Santo abre a nossa mente à compreensão das coisas santas. Senhor Jesus por favor cobre-nos com a Tua maravilhosa graça, amem.”

Os nossos primeiros textos encontram-se em Génesis 3:1-6
1 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
2 Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,
3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
4 Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis.
5 Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.
6 Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.

Qual foi o primeiro teste que Adão e Eva enfrentaram? O que mostrava se eles confiavam o suficiente em Deus para Lhe obedecer. Deus disse-lhes no capítulo 2:16,17 que podiam comer de todos os frutos do jardim menos deste. Deu-lhes tudo o que precisavam para viverem e serem felizes. Tinham todas as provas do Seu amor. Agora a questão era: iriam eles confiar n´Ele o suficiente para Lhe obedecer?

Continua a ser este mesmo teste que todas as pessoas têm enfrentado desde Adão e Eva. A nossa vida diária demonstra ao universo como é que responderemos a esta questão acerca de confiar em Deus.

Vamos ver as coisas como elas são. O diabo não gosta que as pessoas confiem e obedeçam a Deus. Pense nas tentações que o diabo nos coloca e verá que é sempre uma tentação para desobedecer a Deus. Se perguntássemos a Deus o que é que o diabo está a fazer agora para destruir a nossa alma, Ele responderia apenas com uma frase: “O diabo procura que vocês não confiem em mim e me desobedeçam.”

Porque é que o diabo trabalha com tanto afinco para nos levar a desobedecer?
Romanos 6:16 “Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?”
Ele quer que sejamos seus servos.

Romanos 6:23 “O salário do pecado é a morte.” Ele quer que morramos.

Aqueles que vencem o diabo devem entender esta verdade. Caso contrário não saberão como fazer um esforço empenhado para vencer. Vamos ver quem é que o diabo ataca nos últimos dias.
Apocalipse 12:17 “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais filhos dela, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus.”
O diabo ataca especialmente os obedientes. Ele quer afugentá-los da sua lealdade a deus.

O que será preciso para permanecer fiel a Deus quando o diabo nos pressiona?