5 de abril de 2010

PRISIONEIROS EM LIBERDADE

“Como se um homem fugisse de diante do leão, e se encontrasse com ele o urso, ou como se, entrando numa casa, a sua mão encostasse à parede e fosse mordido de uma cobra.” Amós 5:19

Já alguma vez tinham lido este versículo? Claro que sim! Ele descreve o percurso do cristão, sempre perseguido por Satanás. Seria grande ingenuidade se pensássemos que com a conversão estaríamos para sempre longe dos problemas. Não, o Inimigo tem muitos defeitos, mas também tem uma grande qualidade: a perseverança.

Ele detesta que o cristão seja feliz, sinta a paz de uma consciência perdoada e lavada pelo sangue de Jesus. E deste modo, porque ele não quer que sigamos o Bom Pastor, ele é o “salteador”, que entra no curral (a igreja ou o nosso próprio coração) para ferir e matar.

Uma das coisas que mais prazer lhe dá, é provocar dúvidas, em particular sobre a Palavra de Deus: “Será que é mesmo assim?” ou “Também não se pode seguir tudo à risca”, e tantas outras observações que ele tenta introduzir na nossa mente.

Às vezes, ele coloca obstáculos no trabalho, na observância do Sábado, em colegas que ironizam o novo estilo de vida, tudo com a intenção de fazer vacilar o filho de Deus e levá-lo ao desânimo. Muitas vezes, infelizmente, tem êxito.

Outras vezes, são hábitos, vícios, que o crente nunca abandonou completamente. É aí que ele vai perseguir e tentar arruinar a vida da fé. Pode até ser que o crente observe o Sábado, seja generoso em ofertas e dízimos, frequente todos os Sábados a igreja, mas se ele não pode ser o leão que ruge e nos afasta do Pastor, ele será o urso que, de forma calma e aparentemente pacífica, acabará por abocanhar e eliminar a fé.

Pode ser que seja simplesmente uma simples fissura no nosso carácter, como dizíamos mais acima, um hábito ou um vício não vencido. Ele entrará por aí. Quando pensamos estar a salvo dentro de casa, a serpente está ali e pica com veneno mortal.

Pode ser simplesmente o orgulho, espírito crítico, espírito possessivo, um carácter inflexível, espírito de rivalidade, sentimento de não ter sido bem aceite pelos outros membros da igreja, timidez ou sentimento de superioridade. Uma destas coisas pode ser a brecha onde ele está escondido que acabará por separar-nos do caminho da paz e da esperança eterna.

Não sou a favor da meditação do tipo de criar vazio na mente. Essa é de origem diabólica. Mas penso que o exame introspectivo, no sossego da Natureza, o orar e falar com Deus de uma forma introspectiva é absolutamente necessário, para sabermos onde estamos, que caminhos percorremos. E, com a ajuda do Espírito de Deus, fazer correcções que o Senhor nos mostre que devem ser feitas e fazê-las com firmeza e fé.

Todo o Desbravador sabe utilizar uma bússola. É, realmente, um instrumento muito útil porque indica sempre o Norte magnético. A Bíblia é a bússola do cristão que sempre aponta para a Cruz do Calvário: “O diamante não brilha com fulgor enquanto não for burilado. Quando formos burilados pela cruz, brilharemos como jóias no Reino de Deus.” Sadu Sundar